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Messier 101: A Galáxia do Cata-Vento

Grande e muito bonita, a galáxia espiral M101 foi uma das últimas a entrarem no famoso catálogo de Charles Messier, mas definitivamente isso não conta nada, pois a sua beleza, e os fenômenos que podem ser ali observados é que fazem com que ela seja importante, principalmente do ponto de vista astrofísico, ela foi uma das últimas a entrar nesse catálogo pois foi descoberta um pouco antes do fechamento da edição e juntamente com a M102 e com a M103 entraram no apêndice. A M101 foi descoberta em 27 de Março de 1781 por Pierre Méchain, que a descreveu como sendo uma nebulosa sem estrelas. Com aproximadamente 170000 anos-luz de diâmetro essa galáxia é enorme, quase com o dobro de tamanho da Via Láctea. A M101 é considerada uma galáxia espiral de livro, tradicional, com os braços bem proeminentes, que é observada de frente e é classificada como sendo uma galáxia do tipo Sc. Somente se for observada em muito detalhe é possível observar alguma assimetria nessa ilha do universo, como o seu núcleo que parece estar um pouco deslocado do centro. Essa galáxia foi também uma das chamadas nebulosas espirais observadas por Lord Rosses em 1861 usando o grande telescópio do século 19, conhecido como o Leviatã de Parsontown. Esse desenho histórico junto com o telescópio são mostrados abaixo. Já esse belo mosaico da M101 foi registrado pelo Telescópio Espacial Hubble, além de contar com a adição de algumas informações obtidas por telescópios em terra, para a melhor definição das regiões de formação de estrelas na galáxia que brilham com a cor avermelhada devido a emissão do gás atômico de hidrogênio. Essa imagem muito detalhada e nítida mostra feições surpreendentes do disco da galáxia, das estrelas que a constituem e da poeira que está presente em várias regiões, além de mostrar ainda algumas outras galáxias no plano de fundo, visíveis, por exemplo, à direita da M101. A M101 também é conhecida como a Galáxia do Cata-Vento (Pinwheel Galaxy) ela está localizada dentro da borda da constelação do norte Ursa Major, a aproximadamente 25 milhões de anos-luz de distância da Terra.


Fonte:

http://apod.nasa.gov/apod/ap110415.html

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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