Calcular a idade das superfícies através da Lua por meio do método de contagem de crateras normalmente assume que os projéteis tinham a mesma probabilidade de atingir qualquer área da Lua. Mas Mathieu Le Feuvre e Mark Wieczorek do Institut de Physique du Globe de Paris descobriram que isso não é verdade e apresentam os resultados de sua pesquisa no artigo em anexo no final desse post. Eles conduziram uma análise detalhada das órbitas, velocidades e tamanhos dos projéteis, e as conversões dessas quantidades para os diâmetros das crateras existentes na Lua. A imagem acima mostra seus resultados, essa imagem mostra como a probabilidade de impactos varia de forma significantemente e sistematicamente através da superfície da Lua. A taxa de formação de crateras é aproximadamente 25% maior do que a média da largura da Lua ao longo do seu equador em 90?W. Existe ainda uma região em que essa taxa é aproximadamente 20% menor ao longo do limbo leste centrada em 65? norte e sul. O centro da face visível da Lua tem aproximadamente uma taxa média de formação de crateras. O que existe especial sobre o limbo oeste? Ele é o ápice do movimento da Lua ao redor da Terra, onde a velocidade dos projéteis que se chocam com a Lua é 500 m/s mais alta que a média e consequentemente os diâmetros das crateras são maiores. A correção necessária para algumas idades de 2 bilhões de anos pode ser de até meio bilhão. A imagem acima reflete a distribuição espacial da formação de crateras nos últimos 3.5 bilhões de anos, mas não necessariamente assegura um período anterior pois a Lua estava significantemente perto da Terra, e existia provavelmente diferentes populações de objetos que se chocavam com a Lua do que tem hoje na Lua.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/September+25%2C+2011