Parecendo com os óculos da vovó, as crateras Cardanus (esquerda) e Krafft (direita) são quase que crateras gêmeas, banhadas pelas lavas do Oceannus Procellarum. A rachadura entre as crateras ainda é algo sem explicação, ela parece como se fosse corrente de crateras secundárias mas não é radial à Cardanus. É algo estranho. Próximo à cratera Eddington com seus 118 km de diâmetro, está a cratera Letrone, que tem aproximadamente o mesmo tamanho e ambas apresentam a característica de ter perdido a parede que era voltada para o mar. Para crateras localizadas na borda de bacias de impacto circulares, como a Fracastorius e a Doppelmayer, a explicação é que o peso do mar faz com que a bacia sofra uma subducção, se entortando e diminuindo desse modo as paredes, assim as últimas lavas se sobrepõem a elas. Mas as lavas do Ocennus Procellarum não estão em uma bacia de impacto reconhecida e não se tem certeza que o Oceannus Procellarum afundou. Mas a topografia do Oceannus Procellarum indica taludes apontados para baixo, assim talvez, a cratera Eddington se formou a partir de um talude pré-existente. Uma outra possibilidade é que as paredes da cratera se dissolveram pelas lavas dos mares. Não existe um mecanismo físico sugerido para fazer isso, mas um fluxo de lava com 60 metros de altura, com 50 km de largura e se movendo a uma velocidade de 15 km/h poderia ser algo grande o suficiente para para empurrar a parede de uma cratera. Mas quando fluxos de lavas menores fazem isso em cones de cinzas na Terra existe um rastro dessa parede que foi removida, esse tipo de rastro nunca foi observado na Lua.
Fonte:
http://lpod.wikispaces.com/April+23%2C+2011