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21 de novembro de 2024

M18 – Um Laboratório Estelar

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A alguns vídeos atrás, falei que as estrelas são os verdadeiros laboratórios dos astrônomos. Elas são usadas para testar os modelos, para entender a evolução do universo, a formação de galáxias entre outras muitas aplicações.
Se uma estrela já é um bom laboratório, o que falar de um aglomerado estelar aberto. Esse tipo de objeto é na verdade um grupo de estrelas que se formaram a partir de uma mesma nuvem molecular, eles não possuem uma estrutura bem definida, e têm uma forma irregular, além de englobarem centenas de estrelas.
A Via Láctea possui cerca de 1000 aglomerados abertos de estrelas, cobrindo uma enorme variedade de propriedades como o tamanho, e a idade das estrelas.
Um desses aglomerados é o Messier 18, descoberto pelo e catalogado por Charles Messier em 1794, situa-se no coração da Via Láctea a cerca de 4600 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Sagitário.
As cores azuis e brancas das estrelas, indicam que elas são muito jovens, com cerca de 30 milhões de anos de vida.
Já as faixas escuras são filamentos de poeira cósmica que bloqueiam a radiação emitida pelas estrelas.
As fracas nuvens avermelhadas são compostas por hidrogênio gasoso ionizado pela intensa emissão de radiação ultravioleta das estrelas jovens.
É esse material que dependendo das condições, se colapsa sobre si mesmo formando assim novas estrelas.
Como falei no começo os aglomerados abertos são importantes pois é onde os astrônomos podem afinar suas teorias de formação e evolução estelar.
O Sol provavelmente se formou num aglomerado parecido com o Messier 18, assim entender o que acontece ali, é como se estivéssemos entendendo como foi a infância do Sol, que cresceu uma parte da sua vida ao lado de suas irmãs, mas que depois seguiu seu caminho graças ao ventos estelares que enfraqueceram as ligações gravitacionais entre elas.
Essas imagens foram feitas pela OmegaCAM acoplada ao Very Large Telescope do ESO no Chile. Com a ajuda desses equipamentos os astrônomos a cada dia entenderão mais e mais sobre os aglomerados estelares e sobre a vida das estrelas.

Fonte:

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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