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17 de novembro de 2024

Listras Formadas por Detritos na Cratera Stevinus A na Lua

Se você conseguir se lembrar dos destaques no quadrante sudeste da Lua, recordaram que as crateras Stevinus A e Furnerius A, são pequenas crateras com raios longos e brilhantes. Ambas parecem ter sido geradas por impactos que atingiram a Lua de forma oblíqua. A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter lançou recentemente uma bela imagem da cratera Stevinus A. Especialistas estão estudando essa imagem e comentando sobre as possíveis origens das listras escuras observadas na parte interna da parede da cratera à esquerda do centro. Uma porção superior, em torno de 20% da parte interna do anel parece diferente entre os lados direito e esquerdo, provavelmente devido à diferenças na iluminação. À direita a sombra curta revela a borda de rochas colapsadas. Isso faz com que o anel pareça em um nível elevado com relação ao terreno pré-existente e por isso deve ser formado por pedaços de rochas ejetados durante o impacto. A cratera Stevinus A localiza-se na parte de material ejetado a cratera Stevinus, desse modo os pedaços de rochas maiores podem ter sido arrancados na formação dessa cratera maior. Na imagem abaixo de resolução completa é possível ver pedaços de rocha de um material diferente, finas marcas de deslizamento que fazem com que as valas ao redor fiquem suavizadas e que sejam cruzadas por pedaços de rochas rebatidos. À esquerda essa parte superior da cratera é brilhante fazendo com que as listras escuras sejam mais proeminentes. A parte superior das listras são muito ásperas e encontram-se no mesmo nível da parede da cratera, sugerindo que ela era uma camada originalmente encontrada nesse nível. Na parte superior esquerda listras escuras irradiam para fora da borda da cratera e algumas encontram-se alinhadas com algumas dentro da cratera. Essa é uma feição fascinante e é intrigante ver como essas listras ocorrem aproximadamente no mesmo nível no outro lado da cratera.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/June+7%2C+2011

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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