A área metropolitana de Las Vegas está localizada próximo ao sul do estado de Nevada, dentro do Deserto de Mohave. Enquanto que a cidade é famosa por seus cassinos e hotéis de luxo – Las Vegas se autodenomina a capital mundial do entretenimento – a área metropolitana é muito mais ampla que simplesmente esses cassinos incluindo algumas outras cidades que foram incorporadas além de áreas não incorporadas, ou seja, regiões que não fazem parte de municipalidade organizada.
Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional observaram e fotografaram numerosas áreas metropolitanas quando elas eram iluminadas pelo Sol, mas talvez, a sua verdadeira extensão e o interessante padrão que elas apresentam só se mostra claro durante a noite onde as luzes da cidade podem ser vistas. No caso de Las Vegas isso é ainda mais marcante, pois a escuridão do deserto ao redor contrasta de forma marcante com esse ponto na Terra onde existe uma grande concentração de luzes devido aos imensos hotéis de luxo e aos cassinos. A pista de decolagem do Aeroporto Internacional McCarran é escura em comparação com a região ao redor, do mesmo modo que as pistas da Base da Força Aérea Nellis. A massa escura da Montanha Frenchman pode ser vista na fronteira leste da cidade.
A aquisição de imagens noturnas é uma tarefa complicada e necessita que os astronautas sigam o seu alvo com uma câmera manual enquanto que a estação se move a uma velocidade de mais de 7 quilômetros por segundo com relação à superfície da Terra. Essa imagem especificamente foi obtida pela Expedição 6 da ISS usando um aparelho amador para o rastreamento de alvos, com o passar dos anos, os astronautas das expedições subsequentes já desenvolveram e adquiriram conhecimento suficiente para seguir o alvo de interesse de forma manual. Esses conhecimentos unidos com os avanços apresentados pela tecnologia de câmeras digitais, têm permitido aos astronautas das expedições mais recentes adquirirem imagens sensacionais da Terra a noite. Se essas imagens são realmente belas, ou preocupantes, se nos alertam sobre um perigo eminente, é tema para uma próxima entrada.
Fonte:
http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=47687