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Existe um tipo de objeto no universo que é muito importante para os astrônomos, principalmente se o objetivo é entender a evolução estelar.
Esses objetos são os aglomerados globulares de estrelas, que podem ser definidos como uma grande aglomeração de estrelas, dezenas de milhares, centenas de milhares e até milhões de estrelas concentradas numa pequena região do espaço.
Além de dar aos astrônomos um vislumbre sobre a evolução das estrelas, acredita-se que as galáxias sejam formadas pela fusão de aglomerados globulares, e os aglomerados globulares que observamos hoje seriam restos dessa formação, ou seja, estudá-los daria também uma boa ideia de como as galáxias se formaram, principalmente a nossa galáxia.
Com o objetivo de realizar esses estudos e muitos outros, o James Webb foi apontado para o aglomerado globular conhecido como M92.
As observações foram feitas em 20 de junho de 2022, e o M92 se encontra a cerca de 27 mil anos-luz de distância da Terra, no halo da Via Láctea.
O M92 é muito importante de ser estudado, pois ele é um dos aglomerados globulares mais antigos da Via Láctea, se não o mais antigos de todos.
O M92 tem entre 12 e 13 bilhões de anos de vida e por conta disso contém algumas das estrelas mais antigas que podemos encontrar e caracterizar de forma individual.
Os aglomerados globulares como o M92 podem ser usados como traçadores do universo antigo, mas que está aqui do lado e pode ser estudado com muito detalhe.
Nos aglomerados globulares as estrelas se formaram todas na mesma época, possuem a mesma composição, porém com massas distintas, e pelo fato de estarem todas a uma mesma distância podem ser usadas para comparar modelos de forma bem decisiva.
Esse aglomerado o M92 já foi muito estudado, principalmente pelo Hubble, mas com o James Webb, como ele opera em comprimentos de onda mais longos, ele consegue ver estrelas mais frias de pouca massa, os astrônomos conseguiram detectar estrelas com 0.1 vezes a massa do Sol que está no limite para um objeto ser estrela, abaixo disso seria uma anã marrom.
Estudar essas estrelas de baixa massa é muito importante, pois elas são difíceis de serem observadas, então com o James Webb podemos melhorar a nossa compreensão dos modelos de evolução estelar, pois estaremos completando uma lacuna que nem mesmo o Hubble foi capaz.
Estudando essas estrelas de baixa massa permitirá também que os astrônomos possam determinar com maior precisão a idade do aglomerado globular e com isso melhorar o entendimento da formação da nossa galáxia a Via Láctea.
Essa observação faz parte de mais um programa importante do James Webb que tem como objetivo entender esse tipo de objeto, caracterizar suas estrelas até as de pouca massa e ajudar a melhorar os modelos que explicam a formação das galáxias como a Via Láctea.
Fontes:
https://arxiv.org/pdf/2301.04659.pdf
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