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23 de novembro de 2024

JAMAES WEBB E A DETECÇÃO DE ESTRELAS ULTRAMASSIVAS

Bem-vindos a mais um vídeo do nosso canal! No episódio de hoje, exploramos as belezas e os mistérios dos aglomerados globulares, essas fascinantes coleções de estrelas densamente compactadas e gravitacionalmente ligadas. Os aglomerados globulares não são galáxias, mas, como elas,…

Bem-vindos a mais um vídeo do nosso canal! No episódio de hoje, exploramos as belezas e os mistérios dos aglomerados globulares, essas fascinantes coleções de estrelas densamente compactadas e gravitacionalmente ligadas.

Os aglomerados globulares não são galáxias, mas, como elas, são conjuntos de estrelas ligados pela gravidade. Eles podem conter milhões de estrelas agrupadas em um espaço incrivelmente pequeno e são muito, muito antigos. Na verdade, provavelmente se formaram quando o universo tinha apenas cerca de 400 milhões de anos. Mas os detalhes de suas origens ainda são um mistério.

Sabemos que os aglomerados globulares são antigos porque não exibem nenhuma formação de estrelas e as estrelas que contêm são velhas e com baixo teor de metais. Isso sugere que os aglomerados se formaram durante o período inicial de formação de estrelas do universo e desde então esgotaram ou expulsaram o gás e a poeira necessários para formar novas estrelas.

As estrelas de um aglomerado globular têm idades e composições químicas semelhantes, o que sugere que um aglomerado globular se formou a partir de uma única grande nuvem molecular. Mas, à medida que os astrônomos estudaram mais de perto os aglomerados globulares, encontraram variações químicas estranhas dentro das estrelas de um aglomerado globular específico.

Neste vídeo, examinamos um estudo publicado em Astronomy & Astrophysics que investiga um aglomerado globular de alto redshift conhecido como GN-z11. Este aglomerado está em um redshift de z = 10.6, então o vemos em um momento em que tinha apenas dezenas de milhões de anos.

Usando observações do Telescópio Espacial James Webb (JWST), os pesquisadores descobriram que ele é um aglomerado denso de estrelas ativas com a produção de estrelas. Eles também descobriram que o aglomerado tinha uma abundância relativa alta de nitrogênio, provavelmente produzido dentro de supermassivas estrelas do início dos tempos.

Os astrônomos há muito tempo acreditam que muitas das primeiras gerações de estrelas foram estrelas supermassivas, compostas puramente de hidrogênio e hélio, com massas 5.000 a 10.000 vezes a do Sol. Essas estrelas gigantescas só teriam vivido por alguns centenas de milhares de anos antes de morrer em uma explosão cataclísmica, semeando o universo com elementos como carbono, nitrogênio e oxigênio.

Se o modelo de estrela supermassiva estiver correto, os aglomerados globulares podem se formar de maneira semelhante às galáxias. Assim como os buracos negros supermassivos impulsionam a formação inicial e a produção de estrelas das galáxias, as estrelas supermassivas podem ser as sementes para os aglomerados globulares.

Navegue conosco por essa fascinante jornada enquanto desvendamos os mistérios dos aglomerados globulares e exploramos as possíveis implicações dessas descobertas.

Além disso, discutiremos uma alternativa para a abundância de nitrogênio em GN-z11: a possibilidade de ser produto de estrelas Wolf-Rayet de segunda geração, que passam por um longo período de liberação de suas camadas exteriores antes de finalmente morrerem. Porém, dado a idade de GN-z11, essa possibilidade parece menos provável.

Em nosso vídeo, também discutiremos os próximos passos para os pesquisadores: olhar para outros aglomerados globulares de alto redshift para distinguir entre essas duas possibilidades e confirmar ou refutar o modelo da estrela supermassiva.

Se a teoria da estrela supermassiva for confirmada, isso poderia significar que os aglomerados globulares se formam de maneira semelhante às galáxias. De fato, do mesmo modo que os buracos negros supermassivos impulsionam a formação inicial e a produção de estrelas das galáxias, as estrelas supermassivas poderiam ser as sementes para a formação de aglomerados globulares.

Acompanhe-nos nesta aventura cósmica enquanto exploramos o universo e suas maravilhas, e talvez até mesmo reescrevemos um pouco do que sabemos sobre a formação de estrelas e aglomerados globulares.

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Esperamos que você aproveite esta jornada conosco! Até a próxima!

FONTES:

https://www.universetoday.com/161394/new-clues-to-the-formation-of-globular-clusters-their-ultramassive-stars/

https://www.aanda.org/articles/aa/pdf/2023/05/aa46410-23.pdf

#JAMESWEBB #STARS #UNIVERSE

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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