O satélite Terra da NASA passou sobre o furacão Irene enquanto ele estava um pouco ao norte das Bahamas no dia 25 de Agosto de 2011, às 12:45, hora de Brasília. Nesse momento o Irene era um furacão de Categoria 3 na escala de Saffir-Simpson, sustentando ventos de 185 km/h e uma pressão central mínima de 51 hPa, de acordo como Centro Nacional de Furacões do NOAA. A tempestade chegou na Terra pela Carolina do Norte na manhã desse sábado, dia 27 de Agosto de 2011 como um furacão de Categoria 1.
O conjunto de imagens mostrado acima foi adquirido pelo Multi-angle Imaging SpectroRadiometer (MISR) instrumento que viaja a bordo do satélite Terra no dia 25 de Agosto de 2011 e destaca os parâmetros geofísicos importantes para os cientistas estudarem tais tempestades.
O MISR usa nove câmeras para capturar imagens do furacão de diferentes ângulos. A imagem mais a esquerda foi feita de um ângulo de 46 graus. A tempestade era visível no norte de Cuba, que está localizada na parte inferior esquerda da imagem. O olho do Irene está coberto por nuvens. Fortes tempestades nas paredes do olho e nas bandas mais externas aparecem como regiões de textura diferenciada e brilhantes.
Os múltiplos ângulos das câmeras do MISR fornecem uma visão estereográfica do Furacão Irene. Essa informação pode ser usada para determinar a altura do topo das nuvens da tempestade. Como é mostrado na imagem do centro, essa altura excede os 18 quilômetros no centro da tempestade e nas partes mais externas onde o movimento vertical é mais forte. Nuvens mais baixas com altura de 8 quilômetros são visíveis ao longo da borda norte da tempestade.
O Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) também viaja a bordo do satélite Terra e mede a temperatura no topo das nuvens. Quanto mais alta a nuvem, mais fria ela é, e as nuvens mais altas no Furacão Irene no dia 25 de Agosto de 2011 tinha temperaturas menores que -73?C.
Enquanto existe uma boa correspondência entre a altura do topo da nuvem medida pelo MSIR e a temperatura do topo da nuvem medida pelo MODIS, essas duas observações oferecem diferentes ideias sobre o comportamento das nuvens perto do centro da tempestade. Os pesquisadores estão estudando como as duas medidas podem ser usadas para estimar a intensidade do furacão.
Essas imagens cobrem mais de 1300 quilômetros na direção norte-sul e estão centradas nas coordenadas 27?N, 75.5?W.
Fonte:
http://photojournal.jpl.nasa.gov/catalog/PIA14741