A melhor maneira de se entender o interior de um planeta é através de métodos geofísicos.
Entre eles está a sismologia, que através do estudo dos sismos que geram ondas sísmicas e que se propagam pelo interior da Terra, é possível entender como o nosso planeta é estruturado.
O problema é que a Terra é um planeta ativo, então nós conseguimos estudar como ele está agora, e ir monitorando as mudanças internas que acontecem.
Mas já pensou se pudéssemos estudar o interior de um planeta que não é geologicamente ativo, seria possível entender muito bem como ele se formou, pois estaríamos estudando algo como se fosse um fóssil geológico.
E é isso que vai acontecer, assim que o lander InSight chegar em Marte ,ele está levando um sismógrafo que irá estudar o interior do planeta Marte, pela primeira vez.
MAs como a sonda vai estudar a sismologia marciana, se Marte é um planeta morto geologicamente?
Marte, é castigado por queda de asteroides, e quando esses asteroides caírem na superfície marciana eles irão gerar o impacto necessário para gerar as ondas sísmicas que então irão se propagar pelo interior do planeta, permitindo que o sismógrafo da InSight faça as medidas necessárias.
Os pesquisadores estimam que a InSight consiga registrar algumas centenas de sismos no decorrer da missão.
Um desafio será fazer um estudo sismológico usando somente uma estação, no caso a InSight, já que na Terra esses estudos são feitos com estações espalhadas por todo o globo.
Mas para isso existem técnicas, já que diferentes ondas atingirão o sismógrafo em tempos diferentes, então os geofísicos poderão entender bem o interior de Marte.
Não é a primeira vez que se mede sismos em outros objetos.
Na Lua existem 4 sismógrafos deixados lá pelos astronautas da Apollo que copnseguiram investigar até 100 metros abaixo da superfície,, usando os estágios que partiram da Lua como fonte, e também o impacto de asteroides com a Lua.
E em Marte já se tentou fazer isso com as Vikings, mas os sismógrafos estavam localizados no topo dos landers e o experimento não deu muito certo, pois eles ficavam balançando com o vento e não estavam fixos na superfície.
Agora, a partir de Novembro, começa uma nova fase de entendimento do planeta Marte, vamos entender o interior do Planeta Vermelho e desvendar muitos dos seus mistérios.
Fonte:
https://www.nasa.gov/feature/jpl/marsquakes-could-shake-up-planetary-science
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