Misteriosas ondas nos anéis de Júpiter foram observadas pela primeira vez quando a sonda Galileo passou por lá em 1996 e foram causadas pelo impacto do cometa Shoemaker-levy 9 em Júpiter em 1994, relataram os cientistas na reunião anual da Division for Planetay Sciences da American Astronomical Society em Pasadena na Califórnia.
As ondas geradas pela força gravitacional dos fragmentos do cometa a medida que ele se chocava com o planeta, se desenvolveu com o tempo gerando ventos cada vez mais apertados como cordas enroladas em um carretel, disse Mark Showalter do SETI Institute em Mountain View na Califórnia e Joseph Burns da Cornell Univeresity em Ithaca, New York. Voltando o relógio do tempo de forma matemática os cientistas descobriram dois conjuntos de ondas um referente a 1994 e outro referente a um evento desconhecido em 1990.
Esses tipos de ondas também foram identificadas em Saturno nos anéis C e D onde elas apareceram como reflexo de um evento ocorrido em 1983 ou 1984, dizem os cientistas.
A simples passagem de um asteróide, como uma bala gigante não poderia ter criado essas ondas, adicionam os cientistas. Ao invés disso é necessário um jato mesmo que seja de pequenas partículas como as produzidas com o choque de um cometa.
“Os anéis são testemunhas oculares dos impactos dos cometas fornecendo informações sobre o tamanho do objeto e sobre a freqüência com que esse tipo de evento acontece”, adiciona Burns. Ele também nota o seguinte “a evolução das ondas geradas mostram como os anéis respondem a tal distúrbio e nos diz muita coisa sobre a gravidade do planeta”.
Os cometas não são os únicos causadores das ondas. No mesmo simpósio, Philip Nicholson da Cornell University descreveu a descoberta de estreito vazio no Anel C, com uma borda levantada de um lado e com a borda levantada do outro lado cada uma com uma altura aproximada de 1.5 quilômetros. Essa feição e as ondas adjacentes parecem ter sido geradas pela ressonância com a gravidade da lua gigante Titã. “A lua está puxando as partículas do anel devido a inclinação da sua órbita”, diz ele.
Fonte:
http://blogs.nature.com/news/thegreatbeyond/2010/10/comet_impact_recorded_as_rippl.html