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25 de novembro de 2024

Os Maiores Telescópios da Terra Investigam a Explosão de Raios-Gamma GRB 130427A

grb130427a_fermi_1080

observatory_150105Uma tremenda explosão aconteceu no universo próximo e os maiores telescópios da Terra, tanto baseados no planeta como no espaço estão investigando. Chamada de GRB 130427A, a explosão de raios-gamma foi observada pela primeira vez pelo satélite orbital Swift nas altas energias de raios-X e rapidamente essa explosão foi reportada para as bases em Terra. Em três minutos, o telescópio ISON de meio metro no Novo México encontrou a explosão na luz visível, notando seu brilho extremo, e obtendo as coordenadas mais exatas do evento. Poucos minutos depois, a contrapartida do brilho óptico foi sendo rastreada por alguns outros telescópios, incluindo o telescópio de 2.0 metros P60, na Califórnia, o telescópio de 1.3 metros PAIRTEL no Novo México, e o telescópio de 2.0 metros Faulkes no norte do Havaí. Em duas horas, o telescópio Gemini Norte de 8.2 metros, no Havaí, notou um desvio para o vermelho de 0.34 localizando a explosão a uma distância de 470 milhões de anos-luz de distância, considerada próxima em termos cosmológicos. Imagens anteriormente registradas dos monitores de céu completo RAPTOR foram vasculhadas e um brilho óptico intenso, de magnitude 7.4, foi encontrado 50 segundos antes do Swift ter disparado. A maior explosão já registrada nos anos recentes, um sinal da GRB 130427A, também foi encontrada nas baixas energias de ondas de rádio pelo Very Large Array (VLA) e nas energias mais altas já registradas pelo satélite Fermi. Neutrinos, ondas gravitacionais e telescópios desenhados especificamente para detectar somente as energias extremamente altas dos fótons estão checando seus dados em busca do sinal da GRB 130427A. Mostrada na animação acima, está todo o céu apresentado em raios-gamma que é momentaneamente dominado pelo brilho intenso da GRB 130427A. O rastreamento da contrapartida óptica dessa explosão continuará ao mesmo tempo que a busca por uma possível explosão de uma supernova clássica também.

Fonte:

http://apod.nasa.gov/apod/ap130508.html

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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