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Imagens e Informações Atualizadas Sobre a Erupção no Vulcão Puyehue-Cordón Caulle


A erupção no vulcão Puyehue-Cordón Caulle do Chile continua no final de Outubro de 2011. A pluma no final de Outubro foi bem menor do que aquela observada durante a fase de abertura das erupções no começo de Junho de 2011, se expandindo por 4.5 quilômetros. Contudo, ventos da alta atmosfera estão carregando a nuvem de cinzas para longe e perturbando as viagens aéreas na região. Dependendo do vento, as cinzas do vulcão Puyehue-Cordón Caulle estão sendo carregadas a distâncias de 120 a 250 quilômetros da abertura.

Esse par de imagens acima feitas em cor natural foi obtido na manhã do dia 22 de Outubro de 2011. A imagem superior é uma visão de alta resolução obtida pelo Advanced Land Imager (ALI) a bordo do satélite Earth Observing-1 (EO-1). Uma perspectiva mais ampla é mostrada na imagem inferior, adquirida pelo Modreate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) a bordo do satélite Terra.

O perigo das cinzas e da tefra, o material sólido ejetado pelo vulcão não termina com o momento da erupção. Essas imagens mostram a acumulação de cinzas e tefra nas águas próximas ao Puyehue-Cordón Caulle, especialmente no Lago Huishuem, Gris e Constania no leste (lado direito da imagem). Alguns lagos menores aparecem completamente cobertos por detritos vulcânicos. A chuva e o derretimento da neve pode facilmente movimentar os depósitos de cinzas dentro dos rios próximos e nas correntes, produzindo pequenos fluxos de lamas, chamados de lahars, que carregam os detritos para distâncias maiores. O vale de corrente na parte inferior esquerda da imagem é cinza com cinzas e detritos vulcânicos que podem ser vistos entrando no Lago Puyehue na parte inferior da imagem. Essas acumulações de detritos vulcânicos serão provavelmente remobilizadas por anos e décadas depois que a erupção terminar.

A perspetiva mais ampla na imagem inferior mostra a pluma de cinzas do vulcão Puyehue Cordón-Caulle sendo soprada para noroeste, os ventos dominante normalmente carregam as cinzas para leste. Os cinco meses aproximados de atividade cobriram as altas planícies da Argentina de cinza. Ventos de altitude podem levar essa cinza de volta para o ar, ocasionalmente perturbando o tráfego aéreo na Argentina e no Uruguai.

Fonte:

http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=76312


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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