Quando a luz de todos os quatro telescópios de 8.2 metros chamados de Unit Telescopes, ou UTs, do Very Large Telescope do ESO em Cerro Paranal foi combinada pela primeira vez, no dia 17 de Março de 2011, com sucesso, o fotógrafo Gerhard Hüdepohl estava lá para registrar o momento.
Tendo todos os quatro Unit Telescopes trabalhando como um único telescópio na observação de um mesmo objeto foi um dos maiores passos no desenvolvimento do VLT. Enquanto que a maioria dos telescópios utiliza observações individuais, os UTs foram sempre desenhados para serem capazes de operarem de forma integrada como parte do chamado Interferômetro VLT, ou VLTI.
Todos os UTs são apontados na mesma direção, para o mesmo objeto, embora isso não pareça óbvio pois foi utilizada uma lente de grande ângulo para fazer essa imagem. A luz coletada por cada telescópio foi então combinada usando um instrumento pioneiro chamado de PIONIER. Quando combinados, os UTs podem potencializar a nitidez de uma imagem, one a qualidade se iguala à de um telescópio com um diâmetro de mais de 130 metros.
Dois dos quatro telescópios de 1.8 metros conhecidos como Auxiliary Telescopes, que também fazem parte do VLTI, podem ser vistos na imagem acima juntos com os UTs. Enquanto os maiores telescópios são fixos, esses instrumentos menores, guardados em domos arredondados, podem ser posicionados em 30 estações diferentes. Com os ATs como parte do VLTI, os astrônomos capturam detalhes 25 vezes mais finos do que seria captado com um único telescópio dos UTs.
Gerhard Hüdepohl vive no Chile desde 1997. Além de fazer imagens sensacionais do Deserto de Atacama e dos instrumentos do ESO, ele trabalha como engenheiro elétrico no VLT.
Fonte:
http://www.eso.org/public/images/potw1139a/