fbpx

Imagem Mostra Diferentes Estágios de Destruição de Crateras na Lua

Como os bebês, quase todas as crateras novas na Lua são bonitas. Elas têm uma forma primitiva, simples ou complexa, dependendo do seu diâmetro. E como os humanos, à medida que as crateras envelhecem coisas degradantes acontecem com elas. Elas perdem suas aparências jovens sendo divididas ou estragadas por impactos subsequentes ou sendo invadidas por lavas. A pior situação é quando uma nova cratera maior se forma no local de uma cratera já existente cobrindo, fazendo com que ela vá do pó ao pó. A imagem acima mostra uma grande variedade de estágios de destruição de crateras. Na parte superior direita da imagem está a cratera Nicollet, existe uma cratera relativamente jovem, com 15 km de diâmetro e que está em transição de uma cratera simples para complexa. O material ejetado pela cratera Nicollet teve sua maior parte coberta por lavas da Nubium – ela não é jovem como parece. Próximo da parte central superior existe um aglomerado de três crateras sobrepostas com anéis comuns, esse foi o local de um ponto alto no interior da Bacia Nubium. Outras crateras não tiveram a mesma sorte quando a lava da Nubium fluiu a aproximadamente 2.8 bilhões de anos atrás e novamente a 3.6 bilhões de anos atrás, elas foram completamente destruídas por montes de basalto. Próximo da parte inferior central da imagem um conjunto de anéis remanescentes na forma de ferradura marcam duas crateras originais de impacto que tiveram suas paredes praticamente destruídas e seus interiores cobertos. Uma estrutura com aparência de uma cadeia  que está à esquerda do anel da cratera maior e acima das duas crateras sobrepostas é indicada por cadeias circulares acidentadas de mares. Finalmente, próximo ao terminador a oeste da cratera Wolf está uma bela cratera fantasma que teve seu anel destruído pela lava mas algumas partes mais altas do anel formando picos ainda permanecem ali em memória da sua juventude perdida.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/June+22%2C+2011

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

Veja todos os posts

Arquivo