Esse telescópio, mostrado na imagem acima, é um importante novo componente do instrumento chamado de Four Laser Guide Star Facility, que irá deixar as imagens do Very Large Telescope (VLT) do ESO já excelentes ainda mais nítidas. Quatro poderosos lasers de 20 watt, serão atirados a uma altitude de 90 quilômetros na atmosfera e ajudarão o VLT a corrigir a distorção de imagem causada pela turbulência do ar. A Netherlands Organisation for Applied Scientific Research (TNO) está desenvolvendo os telescópios que lançarão os feixes de lasers. O primeiro desses telescópios lançadores de lasers, conhecido como Optical Tube Assembly, é visto aqui nessa imagem na sala de preparação no Van Leeuwenhoek Laboratory da TNO em Delft na Holanda, tendo recentemente passado pela revisão de aceite do equipamento. Uma cobertura especial anti-refletiva dá às lentes do telescópio um distinto brilho azul. A fotografia acima foi feita por Fred Kamphues, que aparece à esquerda. Ele é o gerente de projeto para o Optical Tube Assembly e é também o novo embaixador fotográfico do ESO. À direita na imagem acima está o engenheiro de sistemas Rens Henselmans.
O Four Laser Guide Star Facility é parte da nova geração dos equipamentos de Adaptative Optics Facility, que serão instalados no 4? Unit Telescope do VLT, o Yepun, em 2013. Sistemas de óptica adaptativa rapidamente ajusta um espelho deformável para contrabalancear os efeitos de distorção da turbulência atmosférica, o mesmo efeito que faz as estrelas cintilarem em tempo real. Para fazer isso, eles usam uma estrela guia como referencia, já que a estrela deve aparecer como um ponto nítido uma vez que o efeito atmosférico seja removido. Isso faz com que o telescópio faça imagens quase tão nítidas como se o telescópio estivesse no espaço.
O ESO tem praticamente liderado o uso dos sistemas de óptica adaptativa no mundo, usando esse tipo de sistema por mais de 20 anos em seus telescópios. O primeiro desses sistemas no VLT foi instalado a um pouco mais de dez anos atrás. No começo de 2006, a tecnologia foi melhorada com o primeiro uso de uma estrela guia laser no VLT. As unidades de óptica adaptativa projetam um feixe laser de alta potencia no céu que excita uma camada de átomos de sódio numa altura de 90 quilômetros na atmosfera e a faz brilhar. Esse brilho age como uma estrela guia artificial que pode ser posicionada no céu, então os astrônomos não estão restritos a observações próximas a estrelas guias naturais suficientemente brilhantes.
A próxima geração do Four Laser Guide Star Facility usará quatro dessas estrelas artificiais, para melhorar a remoção da turbulência atmosférica sobre um campo mais vasto de visão. A tecnologia também servirá como um teste para a futura construção do European Extremely Large Telescope, que também utilizará múltiplas unidades de estrelas guias laser.
Fonte:
http://www.eso.org/public/images/potw1149a/