A sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), tem sido uma presença constante na órbita de Marte por mais de duas décadas, proporcionando uma riqueza de dados e imagens que têm aprofundado significativamente nosso entendimento sobre o planeta vermelho. Uma das imagens mais recentes, capturada em 13 de julho de 2024 e processada por Andrea Luck, revela uma impressionante variedade de características marcianas. Esta imagem destaca o satélite irregular Phobos, o colossal vulcão Olympus Mons e uma tênue camada de nuvens de alta altitude na atmosfera de Marte, visível ao longo do limbo do planeta.
A missão Mars Express foi lançada em 2003 com o objetivo de explorar Marte de maneira abrangente, desde sua superfície até sua atmosfera e ionosfera. Ao longo dos anos, a sonda tem fornecido dados cruciais que ajudaram a desvendar muitos mistérios sobre a geologia, clima e potencial habitabilidade de Marte. Entre os alvos de estudo estão as duas luas de Marte, Phobos e Deimos, que se acredita serem asteroides capturados pela gravidade marciana.
Phobos, a maior das duas luas, é particularmente intrigante devido à sua órbita decrescente, que eventualmente resultará em sua colisão com Marte ou em sua fragmentação para formar um anel ao redor do planeta, um evento que se estima ocorrer em cerca de 50 milhões de anos. Compreender a origem e o destino de Phobos e Deimos é essencial para reconstruir a história dinâmica do sistema marciano.
Outro destaque da imagem é Olympus Mons, o maior vulcão do sistema solar. Com uma altura de aproximadamente 22 quilômetros e uma base que se estende por cerca de 600 quilômetros, Olympus Mons é um testemunho da intensa atividade vulcânica que moldou a superfície de Marte. Embora não tenha entrado em erupção nos últimos 25 milhões de anos, Olympus Mons é considerado o mais jovem dos grandes vulcões marcianos, sugerindo que Marte pode ter sido geologicamente ativo em um passado relativamente recente.
Finalmente, a imagem revela a atmosfera marciana, uma camada fina de gases que inclui dióxido de carbono, nitrogênio e argônio. A presença de nuvens de alta altitude, visíveis como uma tênue névoa contra o fundo escuro do espaço, oferece pistas sobre os processos atmosféricos e climáticos em Marte. A observação dessas nuvens é crucial para entender a dinâmica atmosférica e as condições meteorológicas que futuras missões, incluindo possíveis missões tripuladas, enfrentarão.
Phobos, uma das duas luas de Marte, apresenta uma aparência irregular e cheia de crateras, lembrando mais um asteroide capturado do que um satélite natural típico. Com um diâmetro médio de aproximadamente 22,4 km, Phobos é significativamente menor que a Lua da Terra, mas sua proximidade com Marte o torna um objeto de grande interesse científico. Acredita-se que Phobos e sua lua irmã, Deimos, sejam asteroides capturados pelo campo gravitacional de Marte, uma teoria apoiada por suas composições e órbitas peculiares.
Phobos está em uma órbita decrescente, aproximando-se gradualmente de Marte. Estima-se que, em cerca de 50 milhões de anos, Phobos poderá colidir com a superfície marciana ou ser fragmentado em um anel de detritos devido às forças de maré. Este destino inevitável faz de Phobos um objeto de estudo crucial para entender as interações gravitacionais e a evolução dinâmica dos corpos celestes no sistema solar.
Olympus Mons, o maior vulcão do sistema solar, domina a paisagem marciana com sua imponente altura de aproximadamente 22 km e um diâmetro de cerca de 600 km, comparável ao tamanho da Polônia. Este colosso vulcânico é uma maravilha geológica, oferecendo insights valiosos sobre a atividade vulcânica e a história geológica de Marte. Embora não tenha entrado em erupção nos últimos 25 milhões de anos, Olympus Mons é considerado o mais jovem dos grandes vulcões marcianos, sugerindo que Marte pode ter sido geologicamente ativo em um passado relativamente recente.
O tamanho colossal de Olympus Mons é uma consequência direta da baixa gravidade de Marte e da ausência de placas tectônicas, permitindo que o vulcão crescesse sem ser deslocado. A altura de Olympus Mons é tão extraordinária que seu pico se eleva acima da fina atmosfera marciana, criando um cenário onde um explorador hipotético, ao alcançar o cume, estaria efetivamente caminhando no espaço.
A atmosfera de Marte é notoriamente delgada, composta principalmente de dióxido de carbono, com traços de nitrogênio e argônio. Esta fina camada atmosférica é insuficiente para suportar a vida como a conhecemos na Terra, mas desempenha um papel crucial na modelagem da superfície marciana e na proteção contra radiação cósmica. As novas imagens capturadas pela Mars Express revelam nuvens de alta altitude, que aparecem como finas camadas de névoa contra o vazio do espaço.
Essas nuvens são formadas por cristais de gelo de água e dióxido de carbono, e sua presença indica processos atmosféricos dinâmicos que ainda estão sendo compreendidos. A observação dessas nuvens e da atmosfera em geral é vital para planejar futuras missões tripuladas a Marte, pois fornece dados essenciais sobre as condições climáticas e os desafios que os astronautas enfrentarão.
As novas imagens de Marte capturadas pela Mars Express são um testemunho do avanço contínuo na exploração espacial e na nossa compreensão do planeta vermelho. Phobos, com seu destino trágico, Olympus Mons, com sua majestade imponente, e a atmosfera marciana, com suas delicadas nuvens, oferecem uma visão fascinante de um mundo alienígena. À medida que continuamos a explorar Marte, cada descoberta nos aproxima mais da resposta às grandes questões sobre a origem e a evolução dos corpos planetários no nosso sistema solar.
Fonte:
https://earthsky.org/todays-image/new-mars-image-phobos-olympus-mons-atmosphere/