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Imagem do Asteroide Vesta Feita Pela Sonda Dawn Mostra Cratera e Seu Material Ejetado em Comprimentos de Onda do Visível e do Infravermelho


Acima estão três diferentes composições de imagens de uma mesma região da superfície do asteroide Vesta. Essas imagens foram produzidas combinando imagens obtidas pelo intrumento Visible and Infrared Imaging Spectrometer ou VIR, instrumento esse que viaja na órbita de Vesta a bordo da sonda da NASA Dawn. O instrumento VIR pode imagear Vesta em diferentes comprimentos de onda, chamados de bandas do espectro, como por exemplo, no ultravioleta próximo, no visível e no infravermelho, no espectro eletromagnético essas bandas correspondem aos comprimentos de onda de 300 nm até 5000 nm.

A imagem superior é uma composição RGB simulando a cor verdadeira da superfície do Vesta, onde a cor vermelha foi colocada com a banda de 700 nm, a verde com a banda de 550 nm e a azul com a banda de 440 nm. Com essa combinação o que vemos é uma imagem que se aproxima da percepção que o olho humano tem da superfície de Vesta.

A imagem do meio foi feita na parte infravermelha do espectro e mostra as emissões térmicas da superfície de Vesta, as cores brilhantes correspondem às temperaturas mais quentes e as cores mais escuras correspondem às temperaturas mais frias.

A imagem inferior é outra composição RGB onde as bandas do visível e do infravermelho foram combinadas para realçar as diferentes composições da superfície de Vesta. Nesse caso as diferentes cores indicam diferentes composições. As diferentes composições podem ajudar a identificar regiões que passaram por diferentes processos geológicos. Por exemplo, nessa imagem, a cobertura ejetada pela cratera que aparece em verde à direita é distinta da superfície azul e vermelha do resto da superfície de Vesta. Essa cobertura de material ejetado é muito mais difícil de ser identificada em outras imagens do asteroide.

A sonda Dawn da NASA obteve essas imagens de Vesta no dia 8 de Agosto de 2011. A distância da sonda até a superfície do asteroide no momento de registro das imagens era de 2740 quilômetros e a resolução média da imagem é de 800 metros por pixel.

Fonte:

http://photojournal.jpl.nasa.gov/catalog/PIA14976


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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