fbpx

Imagem de Astronauta Desde a ISS Mostra as Ilhas Shetland na Antártica


A órbita inclinada orbital da Estação Espacial Internacional (ISS) limita os astronautas a terem uma visão a partir do nadir, da Terra, ou seja, olhando diretamente para baixo do complexo, numa faixa entre 52 graus norte de latitude e 52 graus sul. Contudo, quando as condições visuais são ideais, a tripulação pode obter imagens oblíquas detalhadas de feições localizadas nas altas latitudes como a Groenlândia ou como mostrado na imagem acima da Antártica.

Enquanto grande parte do continente da Antártica localiza-se sobre o Polo Sul da Terra, a estreita península Antártica  se estende como um dedo em direção à ponta da América do Sul. A parte mais ao norte da Península Antártica é conhecida como Terra de Graham, uma pequena porção de terra, localizada a aproximadamente 64 graus de latitude sul, e que pode ser vista na parte superior esquerda dessa foto feita por um astronauta da ISS.

Fora da costa da Terra de Graham, para norte-noroeste, duas das Ilhas Shetlands – a Ilha Livingston e a Ilha Deception – podem ser vistas na imagem acima. Ambas têm origens vulcânicas, e o vulcanismo ativo na Ilha Deception tem sido registrado desde 1800. A última erupção ativa ocorreu em 1970. Mais perto da costa da Terra Graham, está a Ilha Brabant, que não faz parte da Ilhas Shetlands do Sul, que também possui numerosos afloramentos de rochas vulcânicas, atestando assim a complexa história tectônica da região.

A ISS estava localizada sobre o Oceano Atlântico Sul, aproximadamente a 1800 quilômetros para nordeste quando essa imagem foi feita. Essa longa distância de visada, combinada com o ângulo altamente oblíquo, acentua as sombras do terreno e fornece um senso de topografia similar a uma visão que se tem de um avião. Esse tipo de visão também causa uma diminuição das feições na imagem, fazendo com que elas apareçam mais próximas uma das outras do que elas realmente são. Por exemplo, a distância entre a Ilha Livingston e a Ilha Deception é de aproximadamente 20 quilômetros.

Fonte:

http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=76583



Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

Veja todos os posts

Arquivo