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Imagem da Sonda Kaguya Mostra Diferença Até Então Não Observada na Cratera Sirsalis da Lua


Sirsalis é uma cratera relativamente nova na Lua que empresta o seu nome para o maior canal reto existente no nosso satélite. Ela fornece para nós muito mais do que isso, ela também é responsável pelo material ejetado que cobre o canal, e mesmo a cratera mais nova, a Sirsalis F se afunda no canal e adiciona a ele mais detritos. A Sirsalis, por si só, é considerada uma cratera dupla. No lado do canal a parede foi colapsada com escorregamentos que quase formaram terraço. À oeste da parede está o anel para o interior escarpado. Mas por que existe essa diferença? Por esse ponto de vista, a cratera é muito velha para ter preservado raios que possam nos dizer se ela se formou com um impacto oblíquo, o que poderia nesse caso ser responsável pelas diferenças observadas na morfologia do anel. Mas essa visão em direção ao limbo obtida pela sonda Kaguya mostra algo que obviamente não pode ser visto em imagens verticais, ou seja, o anel oeste é aparentemente mais baixo do que o anel do lado oposto. Ele pode ser mais baixo, pois quando um bólido se chocou na cratera Sirsalis A pré-existente existia um buraco onde o anel se expandiu mais do que na rocha sólida. Agora a questão é o que fez com que o anel oeste fosse tão suave? Vamos esperar novas imagens e novas pesquisas que podem então ajudar a esclarecer mais essa questão sobre a Lua.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/November+16%2C+2011


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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