A imagem acima da Lua captura boa parte do terreno repleto de crateras do lado visível do nosso satélite. Existem claramente dois tipos de superfícies retratadas na imagem acima. As crateras no topo da imagem caracterizam a paisagem próxima ao terminador, mas mais a leste, em uma área perto da parte inferior ao centro, existem menos crateras com planícies suaves entre elas. De maneira geral as terras altas da Lua são constituídas pelas rochas mais velhas na Lua e podem ser parte remanescente de uma membrana de anortosito que flutuou no topo do oceano de magma lunar. Se isso aconteceu dessa maneira, a superfície deveria ser saturada com crateras que datassem dos últimos dias do crescimento de bombardeios que geraram a Lua. Isso é verdade para as áreas repletas de crateras, como a área localizada próxima do terminador da Lua nessa imagem, mas os locais onde as planícies suaves dominam não são saturadas. Pode-se pensar que o material que constitui as planícies seja vulcânico, parte de um processo de geração de uma nova superfície da crosta de anortosito original e que foi destruída por impactos. Mas existem poucas evidências para o vulcanismo nas terras altas da Lua. Existem evidências que o material ejetado do impacto que gerou a Bacia Orientale cobriu parte das áreas mostradas nessa imagem. Mas não parece que o material ejetado tenha sido espesso o suficiente para explicar o modo esparso como as crateras estão distribuídas nas zonas suaves de planícies. Desse modo, não existe uma boa explicação para a origem das planícies, nem para as antigas crateras perdidas na Lua.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/December+9%2C+2011