Ao olhar a imagem acima da Lua pode-se notar um grande número de feições geológicas intrigantes. Primeiro na parte inferior central da imagem é possível ver a continuação enterrada do Canal Fresnel sob as lavas. A cadeia do terreno a sudeste do sombreado Altolycus sugere que a região coberta pela lava subduziu ao longo da falha, mas a lava não é tão espessa de modo a cobrir totalmente o canal. Outra feição intrigante é o monte achatado de lavas mais velhas que corta os Canais Theaetetus. Esse pequeno platô é delimitado a oeste por uma elevação curva marcada por um talude raso parcialmente sombreado. Essa sombra pode ser somente o talude leste de uma trincheira. Talvez olhando uma imagem detalhada feita pela sonda LRO, por exemplo, através dos seus dados de altimetria pudesse revelar o que está realmente acontecendo nessa região. Uma terceira feição intrigante é a cadeia de crateras secundárias da Aristillus que passa ao sul da Theaetetus. As crateras próximas do fim da cadeia se tocam mutualmente, muito parecido com o que acontece com a cadeia de crateras secundárias no lado oeste da Bacia Orientale, como aparece nas figuras apresentadas abaixo. Essa distribuição contínua das cadeias de crateras secundárias não é o modo com que a maioria das cadeias são, mas algumas aparecem dessa maneira como essa mostrada na imagem acima da Lua. Essas e outras feições fazem com que sempre queiramos voltar nossas atenções para a Lua, que além de amarmos como nosso único satélite ainda nos presenteia com exemplos clássicos da geologia como o apresentado acima.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/August+25%2C+2011