Com a enxurrada de imagens detalhadas da Lua feitas pela sonda LRO, por exemplo, algumas vezes é interessante virar a chave e ver imagens regionais do nosso satélite. A imagem acima é uma dessas e mostra uma região clássica da Lua, onde feições como a Pitatus, e a agora familiar Deslandres irradiando da Tycho a expansiva Clavius e a cratera Moretus, parecida com a Tycho podem ser apreciadas no contexto regional. Essas são as crateras mais conhecidas dessa região, mas na imagem acima, tente contar e nomear o máximo de crateras possível e verá que é algo quase que impossível. E uma das razões dessa dificuldade é que muitas crateras mostradas acima são muito parecidas umas com as outras. E isso é verdade pois existem muitas crateras relativamente grandes e que foram erodidas de forma substancial. Não existem muitos picos centrais e paredes internas suavizadas, sendo que a cratera Gauricus ganha com facilidade o prêmio de suavidade. As terras altas da Lua veem colecionando crateras desde que a crosta lunar esfriou. Os mares, tem muito poucas crateras, principalmente por três razões: (1) os mares são locais de gigantescas bacias de impacto que varreram para longe qualquer cratera pré-existente; (2) as lavas ali derramads cobriram a maior parte das crateras formados nos assoalhos da bacia e (3) o número de crateras formadas por milhão de anos decaiu rapidamente durante o primeiro bilhão de anos da história lunar. As terras altas preservam as crateras do período inicial de intenso bombardeio sofrido pela Lua, com somente alguns detritos ocasionais de bacias mais distantes preenchendo-as e agitando os terraços das crateras.
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