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Hubble Faz Imagem do Misterioso Grupo de Galáxias HCG 7

O Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA capturou uma imagem de parte do Hickson Compact Group 7, ou HCG 7. Esse grupo é composto de uma galáxia em forma de lente, chamada de lenticular e de três galáxias espirais localizadas próximas uma das outras. Nessa imagem, uma das galáxias espirais domina o primeiro plano, com muitas galáxias mais distantes povoando o plano de fundo da imagem. A observação de grupos compactos de galáxias como o HCG 7 é importante, pois a partir dessas observações pode-se entender como eles se desenvolvem de diferentes maneiras em regiões menos povoadas do universo.

Um estudo recente usando dados do Hubble analisou os aglomerados estelares presentes no HCG 7. Três centenas de jovens aglomerados e 150 aglomerados globulares foram identificados, e a distribuição das suas idades foi medida. Os resultados sugerem que a taxa de formação de estrelas tem se mantido constante com o passar dos anos, embora seja um pouco alta nas regiões centrais. Estudos adicionais, sugerem que as estrelas nas galáxias do HCG 7 foram formadas pelo processo de conversão de seu gás, sem qualquer influência gravitacional causada pelo processo de fusão com outras galáxias. Isso é intrigante, como as galáxias depletam seu suprimento de gás numa taxa que sugere que elas teriam se fundido no passado.

Isso levanta a questão de se o grupo realmente se desenvolveu serenamente, ou se existem processos misteriosos no trabalho que ainda são desconhecidos. A informação conhecida atual é contraditória e isso pode encorajar estudos futuros para se descobrir a verdadeira história por trás do HCG 7.

Essa imagem foi criada a partir de imagens feitas com o Wide Field Channel da Advanced Camera For Surveys do Hubble. As imagens feitas através do filtro azul (F435W, foram coloridas em azul), as obtidas através do filtro amarelo-laranja (F606W, foram coloridas em verde), e as imagens em infravermelho obtidas pelo filtro F814W, foram coloridas de vermelho, todas essas imagens foram então combinadas para se gerar o resultado final. O tempo de exposição foi de 1710s, 1230s, e 1065s por filtro, respectivamente e o campo de visão é de 3.3 x 3.0 arcos de minuto.

Fonte:

http://www.spacetelescope.org/images/potw1132a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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