Essa bela imagem do Telescópio Espacial Hubble feita com a Wide Field Camera 3 e com a Advanced Camera for Surveys, mostra o massivo aglomerado de galáxias conhecido como Abell 135. Esse aglomerado de galáxias está localizado na constelação de Ursa Maior no hemisfério norte do céu.
Essa imagem é preenchida com feixes de luz, que na verdade são imagens de galáxias mais distantes. Essas faixas são o resultado do efeito conhecido como lente gravitacional, um fenômeno astrofísico que ocorre quando um corpo celeste massivo como um aglomerado de galáxias, distorce o espaço-tempo com uma intensidade suficiente para afetar a trajetória da luz que passa por ele, quando como se a luz de um objeto mais distante estivesse passando por uma lente gigantesca. As lentes gravitacionais aparecem em duas variedades, as fortes e as fracas, e ambas podem dar aos astrônomos uma visão da distribuição de massa dentro de um aglomerado de galáxias como é o caso do Abell 1351.
Essa observação faz parte de um verdadeiro álbum astronômico que inclui imagens de alguns dos aglomerados de galáxias mais massivos encontrados pelo Hubble. Essa coleção de aglomerados de galáxias massivos demonstra fenômenos astrofísicos interessantes, como fortes lentes gravitacionais, além de apresentar exemplos espetaculares da violenta evolução das galáxias. Para chegar nesse álbum de família dos aglomerados de galáxias, os astrônomos propuseram fazer um tipo de programa, chamado Sanpshot Program que se ajustasse à agenda apertada e concorrida de observação do Hubble. Esses programas de imagens são na verdade listas de exposições separadas e relativamente curtas que podem caber em intervalos de tempo entre as observações mais longas feitas pelo Hubble. Ter um grande conjunto de candidatos a essas imagens rápidas permite que o Hubble use cada segundo possível do seu tempo de observação e assim possa maximizar a produção científica do observatório espacial.
Crédito: ESA/Hubble & NASA, H. Ebeling.
Agradecimento: L. Shatz
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