O Telescópio Espacial Hubble muitas vezes é usado como se fosse uma lupa de um investigador cuidadoso para entender os mistérios do universo. O enigma em questão hoje é o aglomerado globular Ruprecht 106, apresentado nessa bela imagem feita pelo Hubble. Enquanto que as estrelas que constituem os aglomerados globulares se formaram aproximadamente no mesmo local e na mesma época, quase todos os aglomerados globulares possuem estrelas com composições químicas distintas. Essas impressões digitais químicas diferentes são deixadas por grupos de estrelas com idades ou composições químicas ligeiramente diferentes do resto do aglomerado. Um pequeno punhado de aglomerados globulares não possui essas múltiplas populações estelares, e o Ruprecht 106 faz parte desse pequeno grupo enigmático.
O Hubble capturou essa imagem repleta de estrelas usando um dos seus instrumentos mais versáteis, a Advanced Camera for Surveys, a ACS. Assim como as estrelas nos aglomerados globulares, os instrumentos do Hubble também têm diferentes gerações, a ACS é um dos instrumentos de terceira geração, que substituiu a Faint Object Camera original em 2002. Alguns dos outros instrumentos do Hubble também passaram por 3 gerações, a Wide Field Camera 3, substituiu a Wide Field Camera 2, durante a missão final de manutenção do Hubble, e essa por sua vez substituiu a Wie Field and Planetary Camera original, que foi instalado originalmente no Hubble durante o lançamento.
Os astronautas da NASA fizeram 5 viagens até o Hubble para atualizar equipamentos antigos e substituir instrumentos por versões mais novas e com mais capacidades. Esse ajuste de alta tecnologia na órbita baixa da Terra ajudou a manter o Hubble na vanguarda da astronomia por mais de 3 décadas.
Crédito:
ESA/Hubble & NASA, A. Dotter
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