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23 de dezembro de 2024

Hubble Espia a Galáxia UFO

O Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESSA registrou um UFO, bem, na realidade a Galáxia UFO, para ser mais preciso. A NGC 2683 é uma galáxia espiral que é observada desde a Terra quase que completamente de lado, dando a ela uma forma clássica das naves alienígenas vistas em filmes. E esse é o motivo mais do que justificável para os astrônomos terem dado a ela esse interessante apelido.

Enquanto galáxias que estão de frente para nós e que são fotografadas pelo Hubble nos dão uma visão detalhada da sua estrutura, uma imagem de uma galáxia de lado como essa tem suas particularidades. Por exemplo, esse tipo de imagem dá aos astrônomos a grande oportunidade de observar as delicadas linhas de poeira dos braços espirais que têm suas silhuetas projetadas contra o núcleo dourado da galáxia.

Talvez de forma surpreendente, imagens de galáxias que se apresentam de lado como essa não impedem os astrônomos de deduzir suas estruturas. Estudos das propriedades da luz vinda da NGC 2683 sugerem que essa é uma galáxia espiral barrada mesmo que o ângulo de visão dela não nos permita ver diretamente essa característica.

A NGC 2683 foi descoberta em 5 de Fevereiro de 1788, pelo famoso astrônomo William Herschel, e localiza-se na constelação do norte, Lynx. Essa constelação de forma interessante tem esse nome pois lembra o felino lince, mas pelo caso de ser muito apagada ela necessita realmente de olhos de lince para que possa ser identificada. E quando você consegue identificá-la e observá-la em detalhe, tesouros escondidos como esse fazem valer cada segundo de busca.

Essa imagem foi produzida a partir de dois campos adjacentes observados na luz visível e na luz infravermelha pela Advanced Camera for Surveys do Hubble. Uma estreita listra que aparece
difusa e cruzando grande parte da imagem de forma horizontal é o resultado da lacuna entre os detectores do Hubble. Essa listra foi preenchida usando imagens dessa galáxia feitas por telescópios baseados em Terra que mostram muito menos detalhes.

O campo de visão dessa imagem é de aproximadamente 6.5 por 3.3 arcos de minuto.

Fonte:

http://www.spacetelescope.org/images/potw1213a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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