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Uma estrela de nêutrons é o que resta após uma explosão de supernova, são um dos objetos mais compactos do universo, e objetos interessantes de serem estudados, pois podem dar origem a fenômenos que ainda não entendemos muito bem.
Quando uma estrela de nêutrons se torna altamente magnetizada, e gira rapidamente, ela se torna o que chamamos de um pulsar, e os pulsares são objetos também muito importantes de serem estudados e entendidos.
Porém, até agora as estrelas de nêutrons só eram estudadas nas altas energias como nas emissões de raios-gama e raios-X.
Mas, nós temos o Hubble e quem tem o Hubble não precisa de mais nada.
O Hubble, com a sua visão em infravermelho conseguiu pela primeira vez registrar uma extensa área ao redor da estrela de nêutrons com aproximdamente 200 UA com uma emissão em infravermelho.
Como foi a primeira vez que tal feição foi observada ao redor de um pulsar, os astrônomos não sabem ao certo o que é, mas eles têm duas explicações.
A primeira é que seria um disco de material ao redor da estrela de nêutrons, formado por material pertencente à estrela progenitora da supernova. A interação desse disco com o pulsar poderia reduzir a sua velocidade de rotação, aquecer e emitir a radiação infravermelha detectada pelo Hubble. Se for isso, será uma mudança completa no entendimento sobre a evolução de estrelas de nêutrons.
A segunda explicação é que essa região seja o que os astrônomos chamam de nebulosa de vento de pulsar. Esse tipo de fenômeno é produzido pelas partículas que são aceleradas no campo elétrico produzido pela estrela em rotação. À medida que a estrela viaja pelo espaço, a alta velocidade ela cria uma onda de choque entre o meio interestelar e a nebulosa de vento, essa onda de choque emite radiação síncrotron , criando o sinal infravermelho. Normalmente uma nebulosa de vento de pulsar não é observada no infravermelho, e se essa for a explicação, será algo inédito e espetacular de ser estudado.
Como saber o que é?
Vocês já devem saber a resposta, o Telescópio Espacial James Webb, que terá uma visão super precisa no infravermelho, poderá ajudar a resolver mais esse mistério do universo.
Então só nos resta esperar até 2021 para que ele seja lançado sem problemas e nos traga belos resultados.
Fonte:
http://hubblesite.org/news_release/news/2018-43
Artigo:
http://imgsrc.hubblesite.org/hvi/uploads/science_paper/file_attachment/350/Paper_rxj0806bp0818.pdf