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GRANDE ERUPÇÃO ESTELAR PODE TER APAGADO BETELGEUSE | SPACE TODAY TV EP2284

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Betelgeuse, a estrela supergigante vermelha que fica ali na constelação de Orion, continua sendo estudada pelos astrônomos.

Tudo isso, para tentar entender o que aconteceu com a estrela que no final de 2019 começou a apresentar uma grande queda de brilho.

Essa queda de brilho durou até aproximadamente o mês de abril de 2020, quando então ela começou a recuperar o seu brilho.

Nesse período, a estrela chegou a diminuir em cerca de 2/3 o seu brilho e isso começou então a levantar a suspeita que a estrela pudesse explodir como uma supernova.

Ela ainda não explodiu, mas a causa da diminuição do seu brilho continua sendo muito estudada e intriga até hoje os pesquisadores.

Até agora os astrônomos tentaram explicar o apagão de Betelgeuse, por uma nuvem de poeira gigante que cobriu parte da estrela.

E no último vídeo que eu trouxe aqui no canal sobre isso, a explicação era que a estrela possui manchas estelares gigantescas, e essas manchas provocam uma diminuição no brilho da estrela.

Mas chegou a hora dele entrar nesse estudo, ele, o Telescópio Espacial Hubble.

Um grupo de pesquisadores usou o Hubble para estudar Betelgeuse.

Os pesquisadores fizeram um estudo de espectroscopia ultravioleta de Betelgeuse.

E assim o Hubble conseguiu registrar então sinais de uma material denso e aquecido se movendo pela atmosfera da estrela entre setembro e dezembro de 2019.

Os pesquisadores conseguiram observar o material deixando a superfície visível da estrela e se movendo pela atmosfera, antes da poeira formada causar a diminuição de brilho da estrela.

O material continuou viajando, atingiu uma distância de milhões de quilômetros da estrela, nessa distância, o material então esfriou o suficiente para formar poeira interestelar.

E para criar essa grande quantidade de material, que foi expelida pela estrela os pesquisadores deram a explicação de uma gigantesca erupção.

Essas erupções estelares são normais, acontecem com o Sol e com as outras estrelas, mas quando se fala de Betelgeuse, tudo é no superlativo.

Assim, uma erupção em uma estrela como Betê, faz com que uma gigantesca quantidade de material seja expelida, a ponto de poder diminuir de forma contundente o brilho da estrela.

Essa explicação do Hubble, meio que integra as duas explicações anteriores, ou seja, provavelmente foi uma grande nuvem de poeira, mas essa poeira foi resultado de uma grande erupção ocorrida na estrela, muito provavelmente nas regiões onde estão as grandes manchas estelares de Betelgeuse.

Como eu falei desde o início, o mais importante em toda essa história de Betelgeuse não é o fato dela virar ou não uma supernova por agora, mas sim o fato de estarmos estudando a fundo uma das estrelas mais interessantes do universo e assim ganhando um grande entendimento sobre os processos que ocorrem com a estrela.

Já existem outras observações programadas para serem realizadas de Betelgeuse, com o Hubble e outros telescópios, ou seja, o estudo da estrela irá continuar e sempre que algo novo aparecer eu trago aqui no canal para vocês.

Fontes:

https://www.nasa.gov/feature/goddard/2020/hubble-finds-that-betelgeuses-mysterious-dimming-is-due-to-a-traumatic-outburst

https://arxiv.org/pdf/2008.04945.pdf

#BETELGEUSE #EXPLODINGSTAR #SPACETODAY

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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