O Giant Magellan Telescope Organization (GMTO) anunciou, na última quarta-feira, dia 4 de Junho de 2015, que seus 11 parceiros internacionais se comprometeram a investir mais de 500 milhões de dólares para começar a construção do primeiro telescópio extremamente grande de nova geração. Uma vez construído, o Giant Magellan Telescope (GMT) será o maior telescópio óptico do mundo. Os sete espelhos do Giant Magellan Telescope se espalhará por 25 metros e irá focar mais de seis vezes a quantidade de luz do que os maiores telescópios ópticos do mundo atuais com imagens 10 vezes mais nítidas do que o próprio Telescópio Espacial Hubble. O GMT permitirá que os astrônomos possam observar mais fundo no espaço e mais longe no tempo do que com qualquer outro instrumento. Espera-se que o telescópio tenha sua primeira luz em 2021 e esteja totalmente operacional em 2024.
“O GMT dará início a uma nova era na astronomia. Ele irá revelar os primeiros objetos a emitir luz no universo, explorar os mistérios da matéria escura e da energia escura, e identificar planetas potencialmente habitáveis na vizinhança galáctica da Terra”, disse Wendy Freedman chefe do Giant Magellan Telescope Organization Board of Directors e Professor de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Chicago. “A decisão das instituições parceiras em iniciar a construção do GMTO é um marco crucial na nossa jornada para fazer essas impressionantes descobertas usando o estado da arte da ciência, tecnologia e engenharia”.
O Presidente do GMTO Edward Moses, disse, “O GMT é o resultado de uma colaboração científica internacional com parceiros na Austrália, no Brasil, na Coreia, nos EUA e na nação que abrigará o instrumento, o Chile. A aprovação da construção, significa que o trabalho começará na estrutura central do telescópio e nos instrumentos científicos que estarão no centro deste projeto de 1 bilhão de dólares. A preparação para a construção inlcui trabalhos no topo da montanha em Las Campanas no Chile, e na fabricação inicial do enorme espelho com sete segmentos”.
O Professor Matthew Colless, vice chefe do Board of Directors e Diretor de Pesquisa da Escola de Astronomia e Astrofísica na Universidade Nacional Australiana, disse que a aprovação para a construção representa um grande momento para a astronomia.
“Planos que existiam somente em duas dimensões ou como modelos computacionais estão prestes a se tornar realidade em três dimensões em vidro, aço, materiais e compostos semi-condutores de alta tecnologia”, disse Colless. “O GMT fornecerá aos astrônomos e astrofísicos a oportunidade de transformar de verdade nossa visão do universo e do nosso lugar nele”.
O GMT será o primeiro de uma nova classe de telescópios extremamente grandes, capazes de produzir imagens com 10 vezes mais clareza do que aquelas capturadas pelo Telescópio Espacial Hubble. O GMT terá como objetivo descobrir planetas parecidos com a Terra ao redor de estrelas próximas e as pequenas distorções que os buracos negros causam na luz de distantes estrelas e galáxias. Ele revelará os objetos mais apagados do espaço, incluindo galáxias extremamente antigas e distantes, a luz delas que viajaram para a Terra desde épocas logo depois do Big Bang, a cerca de 13.8 bilhões de anos atrás. O telescópio será construído no Carnegie Institution for Science’s Las Campanas Observatory no ar seco e limpo do Deserto do Atacama no Chile, num domo com a altura de um prédio de 22 andares. Espera-se que o GMT veja sua primeira luz em 2021 e esteja completamente operacional em 2024.
O espelho primário do telescópio com 25.4 metros de diâmetro será composto por sete segmentos separados de 8.4 metros de diâmetro cada. Cada segmento de espelho pesará 17 toneladas e levará um ano para ser moldado e resfriar, seguidos de mais de 3 anos de geração da superfície por um trabalho meticuloso de polimento no Richard F. Carris Mirror Lab do Steward Observatory da Universidade de Arizona em Tucson.
O GMTO gerencia o projeto do GMT junto com os parceiros internacionais: Astronomy Australia Ltd., The Australian National University, Carnegie Institution for Science, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Harvard University, Korea Astronomy and Space Science Institute, Smithsonian Institution, Texas A&M University, The University of Arizona,The University of Chicago, e The University of Texas at Austin.
Fontes:
http://www.astrowatch.net/2015/06/worlds-largest-telescope-gets-approval.html