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Criosfera: Extremos Gelados da Terra Vistos do Espaço

Camadas de gelo flutuante cobrem aproximadamente 11 milhões de milhas quadradas dos oceanos da Terra nas regiões Árticas e Antárticas. Elas têm importante papel na regulagem do clima e são críticas para muitos animais. Geleiras e calotas de gelo cobrem 10% da área do planeta Terra. Todos os continentes exceto o australiano são parcialmente cobertos por gelo.

Apesar da sua extrema importância, a natureza do que é conhecido como criosfera  é difícil de ser visitada, estudada e entendida. Isso ocorre, pois essas regiões são remotas e com condições muito hostis para o ser humano, os cientistas só podem estudá-las por meio de imagens vindas do espaço.

As imagens feitas por satélites e pelos astronautas fornecem informações essenciais para o entendimento da rápida mudança climática que ocorre próximo aos pólos terrestres, mas além do caráter científico essas imagens também impressionam pela beleza das paisagens. Esse post foi tirado da revista Wired, e é na verdade uma coletânea de imagens de lugares inóspitos da Terra. Aproveitem a viagem.

A primeira imagem é da calota de gelo de Wilkins na Península Antártica, e mostra essa calota drasticamente quebrada em fevereiro de 2008. A imagem foi capturada pelo satélite Formosat-2, grandes pedaços de gelo flutuam numa matriz congelada. Alguns desses maiores pedaços chegam a ter centenas de metros de extensão. A imagem foi feita no comprimento de onda do infravermelho próximo, infravermelho, e verde.

A imagem abaixo mostra a mesma região porém dando uma visão geral do evento. Detalhes sobre a geleira Wilkins podem ser encontrados aqui: http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=38235

A nordeste da costa da Groelândia, as correntes oceânicas fazem um turbilhão no gelo do mar gerando padrões realmente lindos. A imagem abaixo foi capturada em 2006 usando o instrumento MODIS a bordo do satélite Terra da NASA. Fonte da imagem original: http://earthobservatory.nasa.gov/images/imagerecords/6000/6823/greenland_tmo_2006206_lrg.jpg

O Mar de Okhotsk está localizado entre a Sibéria e a Península de Kamchatka no leste da Rússia. No inverno, a maior parte desse mar fica coberto pelo gelo. Na imagem abaixo, capturada também pelo MODIS a bordo do satélite Terra em fevereiro de 2007, ventos gelados da sibéria combinam com o ar do oceano para formar ruas de nuvens. Fonte da imagem original:http://earthobservatory.nasa.gov/images/imagerecords/7000/7387/Okhotsk_TMO_A2007037_lrg.jpg

Já a imagem abaixo foi capturada pelo instrumento ASTER a bordo do satélite Terra da NASA em fevereiro de 2009 e mostra o mar congelado quebrado pela corrente no Mar de Okhotsk. Fonte para a imagem original:http://earthobservatory.nasa.gov/images/imagerecords/37000/37225/nhokkaido_ast_2009053_lrg.jpg.

As geleiras Hampton e Moran alimentam com gelo a Baia de Shokalsky no norte da Ilha Alexander nessa imagem capturada pelo satélite Earth Observing-1 da NASA e do USGS em 2009. A aceleração do fluxo dessa geleira e de mais 400 geleiras na Península Antártica estão contribuindo para o aumento do nível dos mares. Os icebergs que se soltam dessas geleiras normalmente se movem para o norte onde as águas quentes são responsáveis pelo seu derretimento.

A fratura mostrada na imagemvabaixo da geleira da Ilha de Pine no oeste da calota polar da antártica foi capturada pelo ASTER do satélite Terra da NASA em dezembro de 2000. A fratura leva a previsão de que um grande iceber se soltará em menos de 18 meses. Essa previsão se tornou realidade como é mostrado na segunda imagem, uma sequ6encia feita em novembro de 2001. Recentes pesquisas mostram que o degelo da geleira da Ilha de Pine está acelerando e a linha que mostra o calota de gelo tocando a terra está se retraindo rapidamente. Um novo estudo publicado em 13 de Janeiro no Proceedings of the Royal Society A usou modelos para mostrar que a instabilidade dessa linha pode empurrar a geleira da Ilha de Pine em um futuro próximo. O volume de água presente nas geleiras da costa oeste da antártica é suficiente para elevar o nível dos mares em até 30 metros. fonte das imagens originais: http://earthobservatory.nasa.gov/images/imagerecords/1000/1985/aster_pineislandglacier_lrg.jpghttp://earthobservatory.nasa.gov/images/imagerecords/1000/1982/PIA03431_lrg.jpg

Gelo flutuando no mar congelado na superfície do oceano. Esse tipo de feição cobre milhões de milhas quadradas dos oceanos próximos aos pólos terrestres. O gelo na Antártica, derrete no verão e se reforma no inverno. A imagem abaixo é do Ártico, onde algumas calotas de gelo persistem todo o ano e são importantes fatores para o clima global. A imagem abaixo foi capturada pelo satélite Landsat-7 da NASA e do USGS em junho de 2001. fonte da imagem original: http://earthobservatory.nasa.gov/images/imagerecords/7000/7370/p175r005_7x20010616_lrg.jpg

A calota de gelo Ayles, localizada na Ilha de Ellesmere no arquipelago ártico canadense se separou da ilha em 2005. A imagem abaixo, capturada pelo instrumento ASTER a bordo do satélite Terra da NASA em 2006 mostra a área um ano depois da calota de gelo ter se separado. Na segunda imagem pode-se ver a calota ainda intacta quando o satélite a fotografou em 2002. As faixaas paralelas de derretimento são um prelúdio desse evento. Fonte das imagens: http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=7282.

A imagem abaixo mostra o massivo iceberg B-22, iniciando sua separação do chamado Thwaites Ice Tongue no mar de Amundsen no oeste da Antártica em 10 de março de 2002. O B-22 tem aproximadamente 50 milhas de comprimento e 38 milhas de largura. Na segunda imagem o iceberg duas semanas depois de iniciar a separação. Os dois icebergs menores a direita do B-22 são pedaços de um iceberg maior denominado B-21 que se quebrou em 2001. Ambas as imagens foram feitas em cor natural e capturadas pela câmera MSIR do satélite Terra da NASA.

Abaixo apresenta-se o iceberg B-10, medindo mais de 1000 milhas quadradas e com um quarto de milha de espessura, e se separou da geleira antártica nos anos de 1980. Em 1995 ele se repartiu em 2. O maior pedaço, mostrado aqui próximo ao estreito de Drake em setembro de 1999, ainda era do tamanho da Ilha Rhode e foi denominado como B-10A. Essa imagem em cor verdadeira foi capturada pelo satélite da NASA e do USGS Landsat-7, pequenos icebergs são vistos aqui se separando do B-10A. Alguns desses icebergs flutuaram até a rota de navios e foram monitorados tanto pelo Landsat como por outros satélites com o objetivo de evitar colisões.

O mosaico abaixo mostrando o mar congelado no estreito de Bering, foi fotografado pelo imageador MODIS a bordo do satélilte Aqua da NASA em fevereiro de 2008. A cor verde do oceano na porção inferior esquerda é causada pelo fitoplancton. Essa cena está em constante movimento como pode ser observado na segunda imagem dessa sequência, feita pelo satélite Aqua em 11 de janeiro de 2010. Fonte das imagens originais:http://earthobservatory.nasa.gov/images/imagerecords/8000/8511/Alaska_AMO_2008036_lrg.jpghttp://earthobservatory.nasa.gov/images/imagerecords/42000/42295/Alaska_AMO_2010011_lrg.jpg.

Abaixo está arpesentada uma imagem do mar de Labrador, é uma bela combinação de vários tamanhos de pedaços de gelo quebrando-se e chocando-se ao longo da costa de NewFoundland. Essa imagem foi feita em abril de 2003 como parte do esforço dos astronautas da Estação Espacial Internacional para ajudar os cientistas a estudarem eventos como esse. Fonte da imagem original:http://earthobservatory.nasa.gov/images/imagerecords/3000/3895/ISS006-E-46540_lrg.jpg.

Abaixo um grande iceberg se quebrou e se afastou da calota de gelo Ross na porção oeste da Antártica em 2000 e é mostrado aqui flutuando no Mar de Ross próximo a língua de gelo Drygalski em março de 2006. O iceberg denominado C-16 bateu no fim da língua de gelo alguns dias depois. Essa imagem foi capturada pelo instrumento MODIS a bordo do satélite Terra da NASA. Fonte da imagem original:http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=6432.

O Golfo de St. Lawrence no leste do Canadá é quase que completamente coberto por gelo, mas nessa imagem feita em abril de 2008, o gelo iniciou seu degelo e começou a fluir na água criando belos padrões. A imagem foi feita mais uma vez pelo instrumento MODIS do satélite Terra da NASA. Fonte da imagem original: http://earthobservatory.nasa.gov/images/imagerecords/8000/8661/Canada_TMO_2008098_lrg.jpg

Fonte:

http://www.wired.com/wiredscience/2010/01/gallery-ice/all/1

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