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17 de novembro de 2024

Gelo em Movimento

Greenland_ice_sheet


observatory_150105As nuvens borram nossa visão da neve abaixo em parte da imagem acima adquirida sobre a ponta sul da Groenlândia pelo satélite Landsat-8 em 30 de Maio de 2013.

Longos fiordes avançam longe na costa, se você der um zoom na imagem acima, e olhar com detalhe na ponta dos dedos, poderá ver correntes de gelo que drenam a calota congelada da Groenlândia.

Cobrindo mais de 2000000 de quilômetros quadrados, o Groenlândia é a maior ilha e o local onde está a segunda maior calota de gelo depois da Antártica. A camada de gelo é tão massiva que se fosse derretida, o nível global dos oceanos subiria aproximadamente 7 metros. Desse modo, é crucial monitorar a massa das camadas de gelo e quão rápido elas estão derretendo.

Os satélite são perfeitos para realizar essa tarefa. Os radares nos satélites são particularmente adequados para monitorar as regiões polares, pois eles podem adquirir imagens através de qualquer condição climática, de dia ou de noite.

Num estudo publicado no ano passado, os cientistas usaram dados de 10 diferentes missões de satélites para produzir o mais preciso acesso já feito sobre a perda de gelo na Groenlândia e na Antártica. Eles descobriram que a taxa de derretimento da camada de gelo está aumentando.

O estudo mostrou que muitas áreas na Groenândia – especialmente ao longo da costa – estão perdendo mais de um metro em espessura de gelo por ano. Essa perda de gelo é um dos maiores contribuintes para o aumento do nível dos mares.

Entre 1992 e 2012, a Groenlândia sozinha foi responsável por cerca de 7 mm no aumento médio do nível global dos mares.

Na parte inferior da imagem, os pontos brancos marcam o Oceano Atlântico Norte, como estrelas no céu noturno. Esses pontos, são na verdade icebergs que – embora apareçam insignificantes nessa imagem – são uma grande ameaça para as embarcações.

Essa é outra área onde os satélites podem colaborar. Os radares nos satélites suplementam as pesquisas aéreas dos icebergs para ajudar a orientar os navios evitando uma potencial colisão.

Dados de uma próxima missão, chamada Sentinel-1, que está sendo desenvolvida pela ESA para o programa Copernicus da Europa, serão usados monitorar a operação dos satélites.


Fonte:

http://www.esa.int/Our_Activities/Observing_the_Earth/Earth_from_Space_Ice_in_motion

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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