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Galeria de Imagens – 13 de Novembro de 2011


Uma das galáxias mais ativas do céu localiza-se na grande porém difícil de ser reconhecida, constelação de Cetus, a Baleia. E ainda mais terrível para os observadores é o fato de grande parte da atividade dessa galáxia acontecer fora dos comprimentos de onda da luz visível. Esse fato leva os observadores a começarem a chamar essa galáxia pela sua designação de rádio, à medida que ela foi a primeira forte fonte de rádio identificada nessa constelação, a Cetus A. O astrônomo francês Pierre Méchain descobriu a M77 com magnitude 8.9 mostrada à esquerda na imagem acima em 1780. Seu amigo e caçador de cometas Charles Messier a incluiu em seu catálogo no dia 17 de Dezembro. Os astrônomos classificam a M77 como uma galáxia do tipo Seyfert. O astrônomo americano Carl K. Seyfert, que viveu entre 1911 e 1960 foi o pioneiro na pesquisa de emissões nucleares pelas galáxias espirais. Ele descreveu as galáxias que possuíam um núcleo brilhante que emitia luz com as linhas de seu espectro de emissão e exibiam linhas de emissões mais largas. Essas feições no espectro indicavam que os núcleos das galáxias estavam expelindo gigantescas nuvens de gás a altas velocidades. Além da M77, na imagem acima pode-se ver também a NGC 1055 com magnitude 10.6 na parte superior direita da imagem. Essa foto foi feita usando um telescópio refrator de 10 polegadas Optical Guidance Systems Ritchey-Chrétien em f/9, com uma câmera CCD Atik 11000C, a imagem em RGB foi obtida com uma exposição de 3 horas através de cada filtro.

A Imagem acima mostra a IC 59 e a IC 63, esse par é uma combinação de uma nebulosa de emissão e de reflexão localizada na constelação da Cassiopeia. Localizadas a aproximadamente 600 anos-luz de distâncias, as nuvens não estão na verdade se derrentendo, mas elas estão vagarosamente se dissipando sob a influência da radiação ultravioleta ionizante emitida pela estrela quente e luminosa gamma Cas. A estrela gamma Cas está fisicamente localizada a somente 3 a 4 anos-luz de distância das nebulosas, na parte inferior direita do quadro acima.

Outra atração da constelação da Cassiopeia é a NGC 457, mostrada acima.

Fonte:

www.astronomy.com


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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