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Estudo brasileiro inédito relaciona a morte e ressurreição de galáxias com sua aparência.
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro mostraram de forma inédita que a morte de uma galáxia depende da sua forma. Em alguns casos especiais, galáxias podem até “ressuscitar”. Os cientistas usaram dados observacionais obtidos com telescópios terrestres e espaciais, combinados com análise computacional e o uso de inteligência artificial. O estudo foi publicado essa semana na prestigiosa revista britânica da Real Sociedade Astronômica. Galáxias são regiões no espaço com uma grande quantidade de gás hidrogênio e estrelas. Esse gás serve como combustível para a formação de novas estrelas, e, segundo a astronomia, a galáxia “morre” quando não há mais combustível ou o nascimento de novos
astros.
O trabalho mostrou, inclusive, que algumas galáxias estão mesmo “saindo da cova”. Esse processo é visto sobretudo para galáxias com aparência irregular, assimétrica. “Essa aparência está associada a grandes colisões cósmicas”, explica Thiago Gonçalves, astrônomo da UFRJ e co-autor do trabalho. “Essas colisões permitem um influxo de gás para uma galáxia morta, o que lhes oferece a oportunidade de uma segunda vida, mesmo que seja por um período curto de tempo”.
Os resultados também abrem janelas importantes na Astronomia, afirma Gonçalves. Segundo ele, o método pode ser aplicado em outros contextos para que possamos entender, de forma definitiva, quais são os processos físicos mais eficientes para assassinar galáxias no universo.
Fonte:
https://arxiv.org/pdf/2111.11450.pdf
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