No céu acima de dois Telescópios Auxiliares do Very Large Telescope (VLT) do ESO, podemos ver um par de formas etéreas. Tratam-se da Grande e da Pequena Nuvens de Magalhães — duas das cerca de 50 galáxias satélites que orbitam a nossa Via Láctea.
Apesar de serem pequenas em comparação com a Via Láctea, as Nuvens de Magalhães contêm, ainda sim, bilhões de estrelas. A Grande Nuvem de Magalhães, no canto inferior direito da imagem, tem um diâmetro de 14 000 anos-luz, e a Pequena Nuvem de Magalhães no centro superior tem 7 000 anos-luz de diâmetro. A distâncias de cerca de 160 000 anos-luz e 200 000 anos-luz, respectivamente, essas galáxias satélites estão muito mais próximas da Via Láctea do que nossa galáxia principal mais próxima, Andrômeda, a 2.5 milhões de anos-luz de distância, tornando-as algumas de nossas vizinhas mais próximas.
A fraca emissão vermelha no céu é chamada de airglow, e é a luz emitida naturalmente por átomos e moléculas no alto da atmosfera, oxigênio neste caso.
Estas galáxias “fantasmagóricas” só podem ser vistas a partir do Hemisfério Sul, em céus que não apresentam poluição luminosa de cidades. Esta é uma das razões por que o ESO opera o VLT, o telescópio óptico mais avançado do mundo, no remoto deserto chileno do Atacama, nos permitindo assim estudar objetos como as Nuvens de Magalhães.
Crédito:
ESO/ M. Zamani
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