Essa imagem de raios-X do Chandra mostra a parte interna da Galáxia Circinus, com o norte para cima da imagem e o leste para a esquerda. Em termos de energia de raios-X, a cor vermelha representa a baixa energia, verde a energia intermediária e a azul a maior energia observada. A emissão é resolvida em um número certo de componentes distintos, muitos deles associados com um buraco negro central. Uma fonte brilhante e compacta está presente no centro da imagem. Essa fonte nuclear é circundada por um halo difuso de raios-X que se estende por algumas centenas de anos-luz. Os raios-X que são emitidos diretamente para noroeste do núcleo aparecem em vermelho indicando predominantemente energias suaves, enquanto que os raios-X para sudeste são azuis indicando somente fortes energias.
Pelo fato das baixas energias de raios-X serem absorvidas pelo gás mais facilmente do que as altas energias, o contraste marcante sugere que a emissão em vermelho para noroeste origina-se do lado visível da Galáxia Circinus. E a emissão em azul é mais fortemente absorvida e precisa vir de um gás localizado dentro do disco ou no lado oculto da galáxia. Essa geometria corresponde ao disco da galáxia como visto em imagens ópticas e de ondas de rádio. Uma brilhante, pluma de raio-X suave se estende aproximadamente por 1200 anos-luz para noroeste e coincide com uma região óptica contendo gás ionizado pelo núcleo. Existe uma correlação muito forte entre a emissão de raio-X e o gás altamente ionizado visto na linha de emissão das imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble e por telescópios baseados em Terra. A imagem de raio-X foi feita pelo Observatório de Raios-X Chandra da NASA usando o seu Advanced CCD Imaging Spectrometer (ACIS) com um tempo de exposição de 67000 segundos entre os dias 6 e 7 de Junho de 2000.
Fonte:
http://chandra.harvard.edu/photo/2001/0167/