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17 de novembro de 2024

Formações de Estrelas Escondidas

Uma brilhante explosão de formação de estrelas é revelada nessa imagem que combina observações dos Telescópios Espaciais Hubble e Spitzer da NASA. A colisão de duas galáxias espirais disparou essa luminosa explosão de estrelas, a mais brilhante já vista longe dos centros ou núcleos de galáxias em fusão.

As galáxias em fusão conhecidas coletivamente como II Zw 096 podem ser facilmente observadas em comprimentos de onda mais curtos de luz  captadas pelo Hubble, brilhos em azul.

A ação real nesse trem galáctico salta a vista quando se utiliza a visão infravermelha do Spitzer, representada em vermelho na imagem. O brilho mais forte é proveniente de uma pequena região que deve ter um tamanho de 700 anos-luz, ou seja, representa uma pequena porção do comprimento total de 50000 anos-luz da II Zw 096. Essa região emite 80% da luz infravermelha que sai desse tumulto galáctico. A mortalha de poeira ao redor apresenta as estrelas aqui em um comprimento de onda invisível.

Os pesquisadores ficaram surpresos ao ver um brilho infravermelho intenso em uma área tão longe do centro da fusão das galáxias espirais. Explosões de estrelas são normalmente encontradas no centro do processo de fusão galáctico, mas nesse caso a mais brilhante explosão de estrelas ocorre fora do núcleo das galáxias. Com base nos dados do Spitzer, os pesquisadores estimam que a explosão das estrelas está emitindo estrelas com uma massa aproximada de 100 vezes a massa solar por ano.

Nessa imagem combinada, a luz com comprimento de onda do visível e do ultravioleta distante captada pelo Hubble  em 0.15 e 0.44 mícron são mostradas em azul, e a luz do infravermelho próximo em 0.9 mícron é mostrada em ciano. A luz infravermelha do Spitzer em 4.5 mícron é representada em laranja e a luz no infravermelho médio em 8.0 e 24 mícron é apresentada em vermelho.

Fonte:

http://www.nasa.gov/mission_pages/spitzer/multimedia/pia13632.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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