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Fluxos Marrons e Poeira Escura na Lua

Que bela imagem feita através de um telescópio de 8 polegadas. Essa imagem enfatiza que ter um grande equipamento de imagens vale mais do que ter uma grande abertura, essa imagem é realmente mágica. A cor destaca os depósitos piroclásticos escuros como a poeira do Bode Rille na parte superior direita e o depósito Aestuum a sudeste da cratera Eratosthenes. O fato que o mar perto desses depósitos não é coberto por eles dizendo a nós que as lavas são mais jovens. Mudando um pouco de assunto, você foi capaz de notar a estranha fronteira um pouco acima do canto escuro da imagem a sudeste da cratera Copernicus? Um raio brilhante e uma cadeia de crateras secundárias tem uma tendência de oeste, sudoeste para leste, nordeste. Esse alinhamento marca também a borda entre os fluxos de lava marrons ao norte e os acinzentados ao sul. Mas raios e cadeias de crateras secundárias não tem nada a ver com a geologia subjacente, pois os raios e as crateras secundárias caíram do céu. Isso só é uma coincidência. Finalmente, enquanto você vasculhar a imagem, poderá notar a textura rugosa na parte inferior direita onde o material ejetado da Imbrium encontra Fra Mauro e o local de pouso da Apollo 14. Normalmente você observa essa região sob uma condição de Sol mais alto e assim você não consegue reconhecer como ela é rugosa na verdade.

Fonte:

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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