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14 de novembro de 2024

Feliz Periélio de 2020 Para Todos

O planeta Terra está passando pelo ponto na sua órbita mais perto do Sol nesse final de semana.

Não tem nada de especial nisso, o planeta só está um pouco mais perto do Sol do que o normal, e esse ponto da órbita chamado de periélio, sempre acontece bem no começo do ano. A Terra viaja numa órbita elíptica, então a distância da Terra ao Sol muda um pouco no decorrer dos 365.25 dias de jornada.

A Terra atingiu o periélio (o ponto mais próximo do Sol na sua órbita) no dia 5 de Janeiro de 2020, às 04:48 da madrugada, hora de Brasília. Lá no meio do ano, em 4 de Julho de 2020, a Terra irá passar pelo afélio, que é o ponto na órbita mais longe do Sol.

No momento do periélio a Terra passou a 147091144 quilômetros de distância do Sol. Lembrando que a distância média da Terra até o Sol é de 149597870 quilômetros. Quando o nosso planeta atingir o afélio em 4 de Julho de 2020, estará a 152095295 km de distância do Sol.

A Terra não fica mais quente no hemisfério norte, quando acontece o periélio, nem mais fria no hemisfério sul quando passa pelo afélio. Isso porque a elipse na qual viajamos não é extrema, mas é quase que circular. A causa das estações do ano, se deve à inclinação do eixo de rotação da Terra. O periélio e o afélio não causam as estações do ano, só afetam a duração das estações.

Quando a Terra passa mais perto do Sol ela viaja um pouco mais rápido, isso faz com que o o verão no hemisfério sul e o inverno no hemisfério norte tenham uma duração um pouco menor do que quando a Terra está no afélio. Por exemplo, o inverno no hemisfério norte dura cerca de 5 dias menos do que o verão, e o verão no hemisfério sul dura cinco dias menos que o inverno.

Mas, novamente, para lembrar, as estações do ano na Terra são controladas pela inclinação do seu eixo de rotação e não pela distância que o planeta está do Sol.

O Sol é o maior controlador da radiação que a Terra recebe, mas mesmo levando em consideração a diferença do afélio para o periélio, a diferença na energia solar recebida no planeta é de apenas 7%. E essa diferença não é capaz de fazer grandes diferenças no clima.

Fonte:

https://www.space.com/earth-perihelion-closest-sun-approach-2020.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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