Um mistério do satélite Reia de Saturno pode ter sido finalmente resolvido. Quando a sonda Cassini da NASA passou pelo segundo maior satélite do planeta antes de terminar a sua missão em 2017, ela registrou um misterioso composto. E esse misterioso composto pode ser hidrazina, muito conhecida por ser usada como combustível de foguetes.
Enquanto a Cassini voava pelos satélites de Saturno, ela examinava a luz do Sol que refletia na superfície dos satélites para determinar a sua composição. Em Reia, bem como em outros satélites, alguma coisa na superfície absorvia a luz numa porção da luz no intervalo de ultravioleta do espectro.
Os pesquisadores notaram essa absorção no espectro e foram tentar descobrir o que era, mas no começo eles especularam que poderia ser algum tipo de gelo de água. Os pesquisadores ficaram pesquisando essa feição por muito tempo.
Os pesquisadores observaram como a luz refletia em alguns compostos em experimentos em laboratório e descobriram que dois deles se pareciam com o tipo de assinatura observada pela Cassini em Reia, eram eles, hidrazina e cloro. Mesmo a assinatura do espectro batendo com o que foi observado em Reia a questão era como o cloro poderia ser produzido na superfície do satélite.
Por outro lado, a hidrazina, poderia ser criada por meio de reações entre elementos químicos que nós sabemos que existem no satélite. A hidrazina também poderia existir flutuando na espessa atmosfera do satélite vizinho Titã. Mesmo que a Cassini tenha usado hidrazina em seus motores, esses motores não foram acionados perto de Reia, então os pesquisadores estão certos de que a hidrazina detectada não podia vir da sonda.
A hidrazina é sim uma possível explicação para o estranho sinal encontrado pela Cassini em Reia, mas os pesquisadores ainda estão tentando entender direito porque que a hidrazina também pode ser detectada em outros satélites. Essa é uma pista sobre alguns processos que estão acontecendo em todo o sistema de Saturno e possivelmente em outros lugares do nosso Sistema Solar também.
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