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Evidências Para a Existência de Um Satélite Natural Em Um Exoplaneta – Space Today TV Ep.1498

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Descobrir exoplanetas, ou seja, planetas fora do nosso Sistema Solar, como eu falo em todos vídeos e até falei essa semana, não é uma das tarefas mais fáceis que se tem.

E descobrir satélites naturais desses exoplanetas então?

Isso é tão mais complicado que até o momento não se tem nenhuma Exo-Lua confirmada.

As Exo-Luas são muito pequenas e detectá-las é uma tarefa muito complicada.

Mas isso pode estar mudando.

Astrônomos acabam de anunciar o que é até agora a mais forte evidência para a descoberta de uma Exo-Lua.

Para isso os astrônomos estudaram 284 exoplanetas descobertos pela missão Kepler que têm um período orbital maior que 30 dias.

E desses, um chamou a atenção, o Kepler-1625b.

Esse exoplaneta apresentou uma estranha assinatura, no seu dado de trânsito que sugere fortemente e a presença de um satélite natural.

Os astrônomos detectaram pequenos desvios e variações na curva de luz.

Com esses dados em mãos, os astrônomos usaram o Telescópio Espacial Hubble para observar e estudar o planeta.

Os pesquisadores monitoraram o exoplaneta, antes e durante o seu período de 19 horas em que transita a estrela.

Depois que o trânsito terminou o Hubble foi capaz de detectar uma segunda diminuição, muito menor no brilho da estrela, aproximadamente 3.5 horas depois.

Essa segunda queda de brilho é consistente com a presença de um satélite natural na órbita do planeta.

Outro ponto a favor da exo-lua é que o Hubble notou que o trânsito do planeta ocorreu mais de uma hora antes do que o previsto. Isso indica a presença de um satélite natural que fez com que o planeta sofresse variações e o trânsito começasse antes do previsto.

Podia ser um outro planeta no sistema, sim, podia, mas o Kepler não detectou a presença desse segundo planeta .

E o que os pesquisadores tem no momento é que a presença de um satélite natural na órbita do exoplaneta é a explicação mais simples e mais natural para a segunda queda de brilho identificada.

O satélite natural possivelmente detectado teria 1.5% da massa do exoplaneta que ele orbita, e o exoplaneta tem algumas vezes a massa de Júpiter se situando na constelação de Cygnus e a cerca de 8000 anos-luz de distância da Terra.

Os pesquisadores ainda não bateram o martelo na confirmação dessa exo-lua, mas disseram que esse é o caso com as evidências mais fortes para tal descoberta.

Os astrônomos precisam de mais horas de observação do Hubble para confirmar essa exo-lua e também esperam que com o James Webb essa confirmação e a descoberta de outros satélites naturais em exoplanetas possa ocorrer mais facilmente e mais rotineiramente.

Fontes:

https://www.spacetelescope.org/news/heic1817/?lang

http://hubblesite.org/news_release/news/2018-45

https://www.nasa.gov/press-release/astronomers-find-first-evidence-of-possible-moon-outside-our-solar-system

Artigo:

http://advances.sciencemag.org/content/advances/4/10/eaav1784.full.pdf

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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