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Recentemente, um artigo da BBC sugeriu que medições de ondas gravitacionais podem ser evidências das chamadas “cordas cósmicas”, que estão associadas à teoria das cordas. Essa teoria propõe que partículas elementares, como elétrons e quarks, são compostas por pequenas cordas vibrantes. Em um universo primitivo, algumas dessas cordas podem ter crescido até tamanhos galácticos, tornando-se estruturas de energia pura, extremamente finas e com efeitos gravitacionais únicos. Elas poderiam, por exemplo, agir como lentes gravitacionais unidimensionais, duplicando imagens com precisão.
Embora candidatos a cordas cósmicas já tenham sido identificados em observações anteriores, como em dados do satélite Planck e do telescópio Chandra, esses casos ainda requerem confirmação detalhada, podendo ser apenas pares de galáxias. O artigo da BBC destaca outra possível evidência para essas cordas: ondas gravitacionais geradas por sua reconfiguração devido à gravidade. Detectadas recentemente por meio de um método chamado Pulsar Timing Array, essas ondas se ajustam a modelos teóricos de cordas cósmicas, mas a evidência é provisória e sujeita a interpretações alternativas.
A relação entre cordas cósmicas e viagem no tempo é baseada em um artigo da década de 1990 que propõe que, se duas cordas cósmicas forem alinhadas corretamente, seria matematicamente possível viajar no tempo. Isso ocorre porque a Relatividade Geral permite soluções que incluem viagens no tempo, embora não compreendamos totalmente as implicações físicas. De forma semelhante, buracos de minhoca também poderiam teoricamente permitir viagens temporais.
Apesar do entusiasmo, a evidência para cordas cósmicas ainda é incipiente, e suas implicações, como suporte à teoria das cordas ou viagens no tempo, permanecem especulativas. O modelo fenomenológico das cordas cósmicas é apenas uma extensão teórica da física atual, e resultados mais sólidos são necessários para validar essas ideias. Por enquanto, não há razões para se preocupar com paradoxos temporais ou interferências de “eus futuros”.
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