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Estrela de Cristal: O Destino Final Do Nosso Sol – Space Today TV Ep.1668

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Quando o Sol chegar no final da sua vida, daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos, ele irá se transformar numa anã branca.

Estrelas como o Sol, depois de queimarem todo o seu combustível nuclear, expelem suas camadas externas deixando para trás um núcleo quente que começa a esfriar.

Essa parte remanescente ultra densa, ainda emite radiação térmica enquanto esfria, e são observadas pelos astrônomos como objetos apagados.

Entender as anãs brancas é importante, não só por ela ser o destino do nosso Sol, mas também por ela ser o destino de cerca de 97% das estrelas na Via Láctea.

Há cerca de 50 anos, foi previsto teoricamente, que depois de bilhões de anos esfriando esse núcleo remanescente iria começar a cristalizar se tornando sólido, algo parecido com o que acontece com a água que se torna gelo.

A única diferença é a temperatura, enquanto a água se torna sólida a 0 graus Celsius, a anã branca se cristaliza a 10 milhões de graus Celsius.

Para tentar confirmar essa teoria um grupo de astrônomos resolveu estudar um grande número de anãs brancas, cerca de 15000 num raio de 300 anos-luz de distância da Terra.
Eles usaram para isso os dados da missão Gaia, que além de medir com precisão a posição das estrelas também mede a luminosidade, e outras propriedades importantes.

Quando os astrônomos construíram o gráfico mais importante para se analisar estrelas, chamado de gráfico H-R, que relaciona a cor e a luminosidade das estrelas, eles perceberam que existia um grupo de estrelas que não correspondia às curvas esperadas.
Os astrônomos perceberam que algum processo acabou afetando a evolução das estrelas, e eles logo perceberam que isso estava ligado ao processo de cristalização previsto na teoria.

Esse processo dura alguns bilhões de anos, e por isso, a anã branca parou de apagar, fazendo com que ela parecesse cerca de 2 bilhões de anos mais jovem do que ela realmente era.

Essa descoberta é muito importante, pois as anãs brancas são usadas para datar populações estelares como aglomerados de estrelas, o disco externo e o halo da galáxia.

Com isso, os pesquisadores poderão além de comprovar o processo de cristalização construir modelos mais eficientes que serão aplicados nesse processo de datação.

As anãs brancas cristalizam em tempos diferentes dependendo de sua massa estrelas com maior massa cristalizam mais rapidamente do que as menos massivas.

E no caso do Sol, os astrônomos calcularam e descobriram que a nossa estrela irá cristalizar daqui a 10 bilhões de anos, ou seja, 5 bilhões de anos depois de ter atingido a fase de anã branca na sua evolução.

Estudos como esse ajudam a entender a evolução das estrelas algo muito importante, para o entendimento do funcionamento de todo o universo.

#DestinoDoSol #EstrelaDeCristal

Fonte:

http://www.sci-news.com/astronomy/white-dwarf-crystals-06805.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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