A cratera Dionysius está situada na borda oeste do Mare Tranquillitatis (o Mar da Tranquilidade) e escavou tanto as terras altas (brilhantes e de alta refletância) como o material do próprio mar (material escuro de baixa refletância). Camadas com bandas escuras de mar se destacam na parede leste, onde o material de mar foi perturbado pelo impacto que formou a cratera Dyonysius. Rastros brilhantes gerados pelo vento, talude abaixo, podem ser vistos através das escarpas no material escuro do mar.
Olhando de perto o mar aparece estratificado , indicando a presença de um material não uniforme. Em geral, acredita-se que os mares se formaram a partir de grandes volumes de lavas fluidas, algo muito parecido com os Basaltos do Rio Columbia,na porção Noroeste Pacífica da América do Norte. A estratificação nos mares lunares podem representar uma série de fluxos de lava ocorridos na região.
A presença de alguns blocos de rocha indicam áreas mais resistentes à perda de massa e são interpretadas como sendo materiais basálticos mais coerentes. As camadas de granulação mais fina podem representar a fronteira existente entre os fluxos de lava individuais, ou podem indicar mudanças nas propriedades físicas dentro de uma única unidadedefluxo. Algumas dessas camadas de granulação mais fina podem até mesmo consistir de paleoregolitos, antigas superfícies de regolitos expostas ao vácuo do espaço entre as erupções vulcânicas.
Em qualquer um dos casos, crateras como a Dionysius fornecem umajanela na estrutura da subsuperfície dos mares lunares. Com estudos mais avançados, a espessura total do mar, bem como a estrutura e a mecânica de fluxo dos fluxos individuais do mar podem ser definidos dessas exposições encontradas nas paredes das crateras de impacto.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/872-Stratification-in-a-Tranquil-Sea.html
