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15 de novembro de 2024

Espetáculo Galáctico

Imagem composta dos três grandes observatórios espaciais da NASA das Galáxias da Antena.

Uma nova imagem de duas galáxia colidindo foram lançadas pelos grandes observatórios da NASA. As Galáxias da Antena, localizadas a aproximadamente 62 milhões de anos-luz de distância da Terra, são apresentadas nessa nova composição que consiste em combinar dados e imagens do Observatório de Raios-X Chandra (azul), do Telescópio Espacial Hubble (dourado e marrom) e do Telescópio Espacial Spitzer (vermelho). As Galáxias da Antena têm esse nome devido aos grandes braços em forma de antena que são observados quando se faz uma imagem de ângulo aberto do sistema. Essas feições foram produzidas pelas forças de maré geradas a partir da colisão.

Imagem óptica de ângulo aberto das Galáxias da Antena mostrando os braços apagados que dão o nome ao sistema.

A colisão que começou a mais de 100 milhões de anos atrás e ainda está acontecendo, disparou a formação de milhões de estrelas nas nuvens de gás e poeira das galáxias. As estrelas mais massivas já iniciaram o seu processo de evolução e em milhões de anos devem explodir como supernovas.

A imagem em raio-X do Chandra, mostra imensas nuvens de gás interestelar quente que tem sido ejetado com ricos depósitos de elementos a partir de explosões de supernovas. Esse gás enriquecido, que inclui elementos como oxigênio, ferro, magnésio e silício serão com o tempo incorporados nas novas gerações de estrelas e planetas que devem aparecer na região. Os pontos brilhantes na imagem são produzidos pelo material que está caindo dentro de buracos negros e estrelas de nêutrons que são remanescentes de estrelas massivas. Alguns desses buracos negros podem ter uma massa que seja quase que cem vezes maior que o Sol.

Os dados do Spitzer mostram luz infravermelha sendo irradiada por nuvens de poeira que têm sido aquecidas pelas estrelas recém nascidas, com as nuvens mais brilhantes localizadas na região de intercessão entre as duas galáxias. Os dados do Hubble revelam velhas estrelas e regiões de formação de estrelas em dourado e branco enquanto que filamentos de poeira aparecem em marrom. Muitos dos objetos mais apagados na imagem óptica são aglomerados que possuem milhares de estrelas.

Imagem em raios-X das Galáxias da Antena – Chandra

Imagem em infravermelho das Galáxias da Antena – Spitzer

Imagem óptica das Galáxias da Antena – Hubble.

Fonte:

http://chandra.harvard.edu/photo/2010/antennae/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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