O ESO tem dado um passo importante na direção de construir um poderoso novo instrumento – o Enhanced Resolution Imager and Spectrograph, ou ERIS – que deve ser instalado no Unit Telescope 4 do Very Large Telescope do ESO em Cerro Paranal no norte do Chile.
Depois da conclusão das chamadas de propostas, o projeto será realizado pela parceria do ESO com o Max Planck Institute for Extrarrestrial Physics, em Garching, na Alemanha, com contribuição do ETH Zürich, na Suíça, e o INAF Arcetri AStrophysical Observatory, em Florença na Itália. O ESO deu o sinal verde para os dois institutos colaboradores iniciarem os trabalhos e os objetivos do projeto para que ele possa ser inaugurado no final de 2017.
O ERIS – que ficará ativo no mínimo por dez anos depois da instalação – usará dos benefícios do Adaptative Optics Facility que corrige o efeito de borrão causado pela atmosfera da Terra nas imagens astronômicas. Ele tem o objetivo de fazer imagens mais nítidas de forma direta obtidas usando um único telescópio da classe de 8 metros de diâmetro. O ERIS irá substituir o papel realizado com grande sucesso pelo instrumento NACO, que está se aproximando do final de sua vida.
As aplicações do ERIS cobrem muitas áreas da astronomia, desde estudos dos corpos dentro do Sistema Solar e das observações de exoplanetas até o imageamento de galáxias no universo distante.
Como um exemplo do objetivo científico do ERIS, ele será ideal para observar uma estrela que irá passar muito perto de um buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea em Maio de 2018. Essa estrela, conhecida como S2, orbita o buraco negro central a cada dezesseis anos, e os cientistas já têm dados de sua órbita completa. Medindo o efeito que um buraco negro supermassivo tem em uma estrela quando ela se aproxima dele, os astrônomos poderão testar alguns dos efeitos gravitacionais previstos pela Teoria Geral da Relatividade de Einstein.
Fonte:
http://www.eso.org/public/announcements/ann13054/