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23 de novembro de 2024

Entregue a Última Antena do ALMA

Esta fotografia mostra a última antena do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), pouco antes de ter sido entregue ao Observatório ALMA. A antena parabólica de 12 metros de diâmetro foi construída pelo Consórcio europeu AEM e marca igualmente a entrega bem sucedida de um total de 25 antenas europeias - o maior contrato adjudicado pelo ESO até agora. A última antena aparece na imagem em primeiro plano à direita e várias outras antenas ALMA podem ser vistas ao fundo.
Esta fotografia mostra a última antena do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), pouco antes de ter sido entregue ao Observatório ALMA. A antena parabólica de 12 metros de diâmetro foi construída pelo Consórcio europeu AEM e marca igualmente a entrega bem sucedida de um total de 25 antenas europeias – o maior contrato adjudicado pelo ESO até agora.
A última antena aparece na imagem em primeiro plano à direita e várias outras antenas ALMA podem ser vistas ao fundo.

observatory_150105A última antena do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) acaba de ser entregue ao Observatório ALMA. A antena parabólica de 12 metros de diâmetro foi construída pelo Consórcio europeu AEM e marca igualmente a entrega bem sucedida de um total de 25 antenas europeias – o maior contrato adjudicado pelo ESO até agora.

Esta é a sexagésima sexta e última antena entregue ao observatório. A América do Norte forneceu 25 antenas de 12 metros, enquanto o Leste Asiático contribuiu com 16 antenas (quatro de 12 metros e doze de 7 metros). No final de 2013, as 66 antenas rádio de alta precisão, que operam nos comprimentos de onda do milímetro e submilímetro, estarão a trabalhar em uníssono como um único telescópio, numa rede que se estenderá até aos 16 quilómetros, no planalto do Chajnantor no deserto do Atacama, no norte do Chile.

Esta fotografia mostra a última antena do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), pouco antes de ter sido entregue ao Observatório ALMA. A antena parabólica de 12 metros de diâmetro foi construída pelo Consórcio europeu AEM e marca igualmente a entrega bem sucedida de um total de 25 antenas europeias - o maior contrato adjudicado pelo ESO até agora.
Esta fotografia mostra a última antena do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), pouco antes de ter sido entregue ao Observatório ALMA. A antena parabólica de 12 metros de diâmetro foi construída pelo Consórcio europeu AEM e marca igualmente a entrega bem sucedida de um total de 25 antenas europeias – o maior contrato adjudicado pelo ESO até agora.

O Observatório ALMA foi inaugurado pelo Presidente do Chile, Sebastián Piñera, em março de 2013 (eso1312). O evento marcou o final da construção dos principais sistemas do telescópio gigante e a transição formal de projeto em fase de construção a observatório completamente operacional.

Com a entrega da última antena completa-se a fase de construção das antenas ALMA [1], ficando assim em operação as 66 antenas destinadas ao uso científico, e marcando-se o início de uma nova era de descobertas em astronomia. “Este é um marco importante para o Observatório ALMA, já que astrónomos na Europa e noutros lados poderão usar o telescópio ALMA completo, usufruindo da sua máxima sensibilidade e área colectora,” diz Wolfgang Wild, o Diretor de Projeto europeu do ALMA.

Esta fotografia mostra as duas últimas antenas do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), pouco antes da última das 66 antenas ter sido entregue ao Observatório ALMA em setembro de 2013. As antenas parabólicas de 12 metros de diâmetro foram construídas pelo Consórcio europeu AEM. A última antena aparece à direita e a penúltima, a número 24, está à esquerda. Esta fotografia foi tirada a partir de um hexacóptero (ver ann13064 e ann13067 para mais fotografias e vídeos), com uma câmara que pesa apenas 200 gramas.
Esta fotografia mostra as duas últimas antenas do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), pouco antes da última das 66 antenas ter sido entregue ao Observatório ALMA em setembro de 2013. As antenas parabólicas de 12 metros de diâmetro foram construídas pelo Consórcio europeu AEM.
A última antena aparece à direita e a penúltima, a número 24, está à esquerda. Esta fotografia foi tirada a partir de um hexacóptero (ver ann13064 e ann13067 para mais fotografias e vídeos), com uma câmara que pesa apenas 200 gramas.

A entrega da última antena europeia marca a conclusão bem sucedida do maior contrato adjudicado pelo ESO até agora. O contrato com o Consórcio AEM [2] cobriu o design, construção, transporte e integração das 25 antenas no local.

O ALMA ajuda os astrónomos a responder a importantes questões sobre as nossas origens cósmicas. O telescópio observa o Universo nos comprimentos de onda milimétricos e submilimétricos, entre a radiação infravermelha e as ondas rádio do espectro electromagnético. A radiação nestes comprimentos de onda é emitida não só pelos objetos mais frios do cosmos, mas também por alguns dos mais distantes, incluindo nuvens frias de gás e poeira onde se estão a formar novas estrelas e galáxias longínquas situadas no limite do Universo observável.

O Universo encontra-se relativamente mal explorado no submilímetro, já que este tipo de telescópios necessita de condições atmosféricas extremamente secas, tais como as encontradas no Chajnantor, de muitas antenas grandes e de tecnologia de detecção avançada. Ainda antes de estar concluído, o ALMA tinha já sido usado extensivamente para projetos científicos e mostrou enorme potentical com a publicação de muitos resultados científicos excitantes (ver eso1336eso1334eso1333eso1331,eso1325eso1318eso1313 e eso1234).

The final ALMA antenna is handed over to the observatory


Notas

[1] O ESO é também responsável pela construção da Residencia onde o pessoal visitante ficará instalado.

[2] O Consórcio AEM é constituído pelas empresas Thales Alenia Space, European Industrial Engineering e MT-Mechatronics.

Mais Informações

O ALMA, uma infraestrutura astronómica internacional, é uma parceria entre a Europa, a América do Norte e o Leste Asiático, em cooperação com a República do Chile. A construção e operação do ALMA é coordenada pelo ESO, em prol da Europa, pelo Observatório Nacional de Rádio Astronomia (NRAO), em prol da América do Norte e pelo Observatório Astronómico Nacional do Japão (NAOJ), em prol do Leste Asiático. O Observatório ALMA (JAO) fornece uma liderança e direção unificadas na construção, gestão e operação do ALMA.

The final ALMA antenna is handed over to the observatory


O ESO é a mais importante organização europeia intergovernamental para a investigação em astronomia e é o observatório astronómico mais produtivo do mundo. O ESO é  financiado por 15 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça. O ESO destaca-se por levar a cabo um programa de trabalhos ambicioso, focado na concepção, construção e funcionamento de observatórios astronómicos terrestres de ponta, que possibilitam aos astrónomos importantes descobertas científicas. O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação na investigação astronómica. O ESO mantém em funcionamento três observatórios de ponta, no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal, o ESO opera  o Very Large Telescope, o observatório astronómico óptico mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio. O VISTA, o maior telescópio de rastreio do mundo que trabalha no infravermelho e o VLT Survey Telescope, o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível. O ESO é o parceiro europeu do revolucionário telescópio  ALMA, o maior projeto astronómico que existe atualmente. O ESO encontra-se a planear o European Extremely Large Telescope, E-ELT, um telescópio de 39 metros que observará na banda do visível e do infravermelho próximo. O E-ELT será “o maior olho do mundo virado para o céu”.


Fonte:

http://www.eso.org/public/brazil/news/eso1342/

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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