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15 de novembro de 2024

Em Que Altura um Meteoro Desaparece ou Se Queima?

Chuvas de meteoros na vida real não são como nos filmes – não existem rochas incandescentes caindo do céu causando buracos em prédios ou atirando carros a centenas de metros de distância. A maioria das chuvas de meteoros são causadas por detritos deixados para trás por cometas, partículas congeladas misturadas com poeira e material orgânico que não tem a menor chance de sobreviver após o seu mergulho suicida na atmosfera terrestre. Os meteoros que sobrevivem a essa entrada na atmosfera tornan-se meteoritos quando então conseguem atingir o solo, eles são muito, muito raros e tem sua origem de asteróides (e muito raramente podem vir de Marte ou da Lua). A quantidade desse tipo que é registrada em um ano pode ser contada em uma mão.

Isso então nos leva a uma pergunta, principalmente nessa época, a estação da chuva de meteoros dos Perseidas, quão baixo um meteoro Perseida pode chegar? As câmeras da NASA que vasculham o céu podem fornecer a resposta, pelo menos para os maiores meteoros (com polegadas ou mais de comprimento), as partículas menores certamente queimam na alta atmosfera. Uma rede de câmeras permite determinar a trajetória de um meteoro por triangulação e podem informar sobre a altura do meteoro (a localização onde ele foi visto pela primeira vez) e a altura final (a localização onde ele desapareceu ou se queimou por completo). Essa rede de câmeras detectou em 2009 80 Perseidas e esse ano de 2010 já são 24, o que fornece dados suficientes para ajudar a responder a pergunta colocada.

Pode-se por exemplo, construir um gráfico com as alturas finais dos Perseidas:

Olhando para o gráfico é aparente que os maiores Perseidas queimam a 90 km de altitude. Alguns queimam antes a 104 km de altura, enquanto outros podem chegar a altitudes menores 76 km de altitude. Pode-se observar com a população estudada que nenhum meteoro queimou abaixo dos 75 km de altura , com isso é possível ter uma segurança para acompanhar a chuva de meteoros sem medo algum de uma catástrofe.

Fonte:

http://meteoroids.wordpress.com/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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