A cratera da imagem acima de 180 metros de diâmetro localizada nas coordenadas 8.874ºN, 171.899ºE, se formou nas terras altas do lado escuro da Lua. Sua localização longe das fronteiras composicionais (como a fronteira entre os mares e as terras altas) sugere que a cobertura ejetada de elevado albedo se deve à recente exposição do material, indicando que essa é uma jovem cratera. Comom nós sabemos isso? Pelo fato do material de mesma composição que tem sido exposto a um ambiente menos intemperizado (ou seja, material que é mais jovem) é mais brilhante. Além disso, as imagens adquiridas com o Sol quase a pino enfatiza os contrastes de albedo, trazendo detalhes da distribuição do material ejetado e dos raios. As direções nas quais o material ejetado se espalhou a partir da cratera nos conta algo sobre o ângulo com o qual o bólido atingiu a Lua. Uma cobertura de material ejetado simétrica como essa indica tipicamente que o bólido se chocou com a Lua num ângulo de 45º ou maior (considerando 90º a vertical), já que um ângulo de impacto menor que 45º produz coberturas de material ejetado assimétricas. Desse modo, é importante se ter imagens da superfície da Lua com o Sol alto pois sem elas, é muito complicado determinar a extensão da cobertura de material ejetado e outras jovens feições.
A imagem acima mostra a mesma cratera mas com um diferente ângulo de iluminação do Sol. Observe as diferenças. Você pode dizer qual a extensão da cobertura de material ejetado ou a sua distriuição com a distância? Em uma imagem com o Sol baixo você poderia dizer que existem duas crateras próximas ou quais crateras devem ser consideradas como crateras secundárias?
Mesmo na resolução de um mosaico feito com a câmera WAC da sonda LRO, a cratera ainda é visível devido à presença de sua cobertura de material ejetado brilhante.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/669-Symmetric-Ejecta.html