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26 de dezembro de 2024

Direto do Observatório Lunar Vaz Tolentino: A Cratera Eratosthenes e a Cratera Fantasma Stadius

Cratera ERATOSTHENES e cratera fantasma STADIUS.

(créditos: Tolentino.)

Cratera Eratosthenes:

Diâmetro: 58 Km;

Profundidade: 3,6 Km;

Coordenadas Selenográficas:  Lat: 14° 30? 00? N, Lon: 11° 18? 00? W;

Período Geológico Lunar: Eratostheneano (Eratosthenian): 3200 milhões até 1100 milhões de anos atrás.

A cratera Eratosthenes tem um aro circular bem definido, com terraços (ou curvas de nível) nas paredes internas, com piso interno irregular, uma montanha central com alguns picos e uma muralha exterior criada por materiais ejetados durante o impacto. Ela está localizada na extremidade oeste da cordilheira dos Montes Apenninus, bem na fronteira entre o Mare Imbrium e o Sinus Aestuum.

Como muitas crateras complexas na Lua, Eratosthenes possui “terraços” (terraces) no interior de suas bordas, ou seja, paredes internas estruturadas em “curvas de nível”. Os terraços foram formados quando as faces de dentro das paredes da cratera entraram em colapso, causando deslizamentos ao longo da circunferência interna.

Picos centrais ocorrem em crateras complexas como resultado da reação de camadas interiores da superfície que “ricocheteiam” contra o impacto inicial do corpo que criou a cratera. Picos centrais quando emergem podem até mesmo ajudar a causar formações de terraços ou curvas de nível nas bordas internas, além de depositar escombros ou pedregulhos ao longo do piso interno da cratera.

A cratera Eratosthenes  foi nomeada em homenagem ao matemático e geógrafo grego Eratosthenes de Cyrene, que foi o primeiro matemático a calcular a circunferência da Terra, em torno de 240 aC.

Na década de 1960, a cratera Eratosthenes foi identificada pelos cientistas Gene Shoemaker e Robert Hackman como um importante marcador geológico na história da Lua, delimitando a escala de tempo lunar mais longa (período Eratostheniano), estimado dentro do intervalo que varia entre 3,2 a 1,1 bilhões de anos atrás.

Crateras Secundárias e a Cratera STADIUS:

Note a cadeia ou seqüência de minúsculas crateras secundárias situadas a nordeste de Copernicus (que está no escuro, com parte da borda iluminada). As minúsculas crateras são os múltiplos pontos em seqüência sinuosa na foto, que foram criadas pelas batidas dos escombros lançados para fora no momento do grande impacto que formou a cratera Copérnicus.

Observe que a meia distância entre Copernicus e Eratosthenes existe a “cratera fantasma” Stadius (diâmetro: 69 Km, Lat: 10.5º N  Lon: 13.7º W), que foi coberta por lava basáltica e que também tem o seu piso interno marcado por pequenas crateras secundárias criadas pelos escombros lançados pelo impacto na criação de Copernicus.

Imagem executada com apenas 1 frame em ??29? de ?maio? de ?2012, ??20:10 (23:10 UT).

Não deixem de visitar o site oficial do Observatório Lunar Vaz Tolentino onde é possível encontrar centenas de imagens da Lua além de muitas informações sobre astronomia e ciência em geral. Visitem o remodelado site do VTOL: www.vaztolentino.com.br

Fonte:

http://www.vaztolentino.com.br/imagens/6310-Cratera-ERATOSTHENES-e-cratera-fantasma-STADIUS#photo_description

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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